As mudanças do Brasil em 2015 são evidentes e apesar do País estar passando a limpo seus problemas de corrupção, com um processo de punição através da Operação Lava-Jato, impulsionada pelo Ministério Público e pela Polícia Federal, os números da economia estão em queda livre. A avaliação é do presidente da Federasul, Ricardo Russowsky, que após lamentar o cenário econômico e político brasileiro, comentou sobre o fato de, pela primeira vez, em sua história, a Federasul vai ter uma disputa nas próximas eleições para presidente, o que, na sua opinião, não só valoriza a entidade como também a projeta para um novo patamar.
A desaceleração da atividade no comércio varejista levou o Rio Grande do Sul ao segundo pior desempenho entre os demais Estados, perdendo apenas para a Paraíba no ranking dos piores. O tombo foi de 11,9%, passando de 3% positivos no ano passado, acima inclusive da performance brasileira, para uma queda de 8,9% nas vendas. Trata-se do pior resultado desde que o índice passou a ser calculado pelo IBGE, no início dos anos 2000.
“Foi inédita a magnitude e velocidade da queda nas vendas”, comenta o economista-chefe da Federasul, André Azevedo. Um efeito dominó que vai se arrastar em 2016 motivado por quatro fatores, sendo dois locais e dois nacionais: atraso dos salários dos funcionários públicos estaduais, menor aumento do mínimo regional, desemprego e redução do crédito.
Também deverá contribuir para um cenário pior em 2016, no Rio Grande do Sul, o aumento nas alíquotas do ICMS. Aprovado pela Assembleia, por uma diferença de um voto, na madrugada do dia 23 de setembro, a pedido do Governo do Estado, o aumento das novas alíquotas entrará em vigor a partir de janeiro e vai aumentar os custos de todos os produtos produzidos e comercializados no Estado.