A classe empresarial deve assumir sua importância no cenário brasileiro e, através da união de entidades, buscar a solução para as principais demandas do setor, disse o presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), George Pinheiro, durante o “Tá na Mesa” da Federasul, nesta quarta-feira (18/05). Ele enfatizou a importância da participação de representações de todos os Estados na Frente Parlamentar Mista em Defesa do Comércio, Serviços e Empreendedorismo da Câmara Federal. “Essa iniciativa nasceu do esforço de seis entidades empresariais que criaram a União de Entidades do Comércio e Serviços (UNECS) para atuar junto aos parlamentares, via lobby transparente e legítimo, na melhoria dos ambientes dos negócios”, contou o presidente, para quem o governo de Michel Temer tem plenas condições de promover o crescimento porque “O Brasil tem pressa”.
Além da CACB, a UNECS é integrada pela Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (ABAD), a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Seu objetivo é garantir a representatividade e reafirmar a força do setor ao assumir uma posição estratégica no desenvolvimento econômico.
A criação da UNECS, cujas entidades, somadas, respondem por um faturamento de R$1 trilhão e por 20% dos empregos formais, visa, também, atuar na desburocratização dos procedimentos que impedem o crescimento empresarial. Entre as bandeiras da UNECS estão, ainda, a redução de impostos, a flexibilização da legislação trabalhista com atividade intermitente e a redução das taxas cobradas pelas operações de cartão de crédito e débito. “Precisamos sair da posição cômoda de criticar para apoiar e acompanhar a proposição de leis que melhorem o ambiente para os negócios”, defendeu Pinheiro.
O palestrante do “Tá na Mesa” também destacou que é preciso que os governos locais, estaduais e Federal facilitem a abertura e manutenção das empresas, que muitas vezes são inviabilizadas pela alta carga tributária. No Brasil há municípios que possuem 11 pessoas para cada empresa e outros em que existem 510 habitantes para um empreendimento formal. “Quanto menor este número, mais empreendedora é a cidade”, pontuou. Também lembrou que é assustador o número de empresas que estão fechando no Brasil inteiro.
A CACB mantém sob o seu guarda-chuva 27 Federações, 2,3 mil Associações Comerciais que representam mais de 2 milhões de filiados em toda as regiões do país. “Seria muito pouco falar em protagonismo do empresariado no desenvolvimento econômico sem pensar em entidades que se fortalecem através da soma de forças”, finalizou o presidente da CACB.