“Se vocês acham que inovação é cara, experimentem a acomodação”. A frase, de Kika Ricciardi, conselheira de inovação certificada e sócia investidora e mentora de Scale-Ups no Brasil e Israel, dita no encerramento de sua fala, resumiu o Tá na Mesa dessa quarta (10).
O evento, que tratou do tema “Governança e Transformação Digital” ouviu também mais duas convidadas, especialistas no tema: Andiara Petterle, conselheira, investidora e empreendedora e Lisiane Lemos, conselheira, co-fundadora do Consellheira 101 e especialista em transformação digital.
O tema inovação, eleito pela FEDERASUL como prioridade, vem sendo discutido e fomentado para ampliar o debate e promover a transformação. O presidente Anderson Trautman Cardoso, lembrou que “o século 21 será digital e que a recuperação econômica pós-pandemia passará pela capacidade que os empreendedores terão de se apropriar desses temas e implementá-los à rotina dos negócios”.
Para coordenar as perguntas, a FEDERASUL convidou Michelle Squeff, diretora regional da Better Governance e coordenadora do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC/RS).
Andiara Petterle, fundadora e CEO do Grupo de Mulher (maior grupo de mídia digital feminina do Brasil) disse que governança é sempre “amiga” e que deve atingir do topo a base da pirâmide. “É um instrumento para garantir que o processo dê certo”. Definido como “norte estratégico” do processo, lembrou, “sem governança os negócios correm riscos”.
Em total sintonia com o tema e suas transformações à nova economia, as três convidadas mostraram que quase mais ninguém hoje está vivendo e trabalhando da mesma forma que fazia antes de 2020. Detalharam como a mudança é profunda e está ligada ao comportamento humano. As transformações são inquestionáveis e foram aceleradas pela pandemia, concluíram.
Lisiane Lemos, especialista em transformação digial e co-líder do Conselheira 101, programa de incentivo à presença de mulheres negras em conselhos de administração, mostrou como as empresas vêm revisando suas estratégias. Para ela a transformação digital é para todo mundo e não pode ser confundida com digitalização das coisas. “Não é só desruptiva é um caminho contínuo, gradual e de constante aprendizado”, enfatizou.