Presidente da Yara Brasil, Lair Hanzen, afirmou que o País tem clima e natureza propícia para ter o protagonismo
na produção e exportação de alimentos
Com o tema “O agronegócio muito além da porteira”, o Tá na Mesa da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul) recebeu o presidente da Yara Brasil e vice-presidente executivo da Yara International, Lair Hanzen, para falar sobre os desafios enfrentados pelo agronegócio em meio ao cenário de crise econômica que afeta o Rio Grande do Sul e o Brasil.
Gestor da companhia que detém 25% do mercado de fertilizantes no Brasil e 35% no exterior, Hanzen destacou que, apesar das dificuldades, o País conta com fatores climáticos e recursos naturais que o tornam capaz de assumir o protagonismo na produção e exportação de alimentos para todos os cantos. “Temos a maior reserva de água do mundo, chuva e sol que nos possibilitam duas colheitas por ano, além de terra arável em abundância, o que permitirá que nos tornemos o celeiro do mundo”, comemorou.
Hanzen também salienta que esse cenário cada vez mais se torna realidade devido ao aumento da demanda ao redor do mundo: a expectativa é de que a população mundial chegue a mais de 9 bilhões em 2050 e o desafio será o de alimentar todos de forma que o meio ambiente não seja impactado. Para isso, o empresário reafirmou o compromisso da Yara no investimento em tecnologia e infraestrutura.
Ele lembrou da expansão da unidade de produção e mistura de fertilizantes em Rio Grande. Em fase de conclusão, com perspectiva para que as novas instalações comecem a operar até o final de 2020, a Yara está investindo neste projeto quase R$ 2 bilhões. As obras vão proporcionar aumento de 650 mil para 1,2 milhões de toneladas por ano a capacidade de produção de adubos – o Brasil importa 80% do que consome em fertilizantes. “O objetivo é tornar nossa unidade de Rio Grande o maior complexo industrial das Américas, totalmente automatizado”, disse.
Já do ponto de vista da gestão de pessoas, o vice-presidente executivo da multinacional norueguesa frisou que a prosperidade dos negócios no futuro passa pela necessidade em ter uma equipe plural, com espaço para diversidade e inclusão. “Não trabalhamos com cotas, mas sabemos que o futuro não tem espaço para estereótipos. Saímos do discurso, fomos para a prática e constatamos a importância da diversidade para novas ideias e novas percepções de vida”, concluiu.
A presidente da Federasul, Simone Leite, parabenizou o trabalho da multinacional pela visão de futuro e destacou o modelo de gestão, um exemplo a ser observado pelo meio empresarial. “Não à toa a Yara foi agraciada no Prêmio Líderes e Vencedores, em votação realizada por um júri plural”, celebrou Simone.