Deputada Joice Hasselmann afirmou que o país precisa falar igual sobre a Reforma
Em edição especial a Federasul promoveu, nesta sexta-feira, o Tá na Mesa, com a líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL/SP). Ela repetiu, em alto e bom tom que não há plano B para a questão da reforma da previdência e disse que a comunicação do governo deve ser única: “todos falando a mesma língua”. A mediação da reunião-almoço foi feita pela presidente, Simone Leite e pelo vice-presidente, César Leite.
“Sou uma pedinte de apoio”, foi assim que a parlamentar, que tinha no peito o botton da campanha da Federasul pela aprovação da Reforma, se definiu quanto ao tema. Com um discurso forte e claro, a líder do governo ressaltou que o tamanho do Brasil, considerado de proporções continentais, acaba por dificultar o diálogo e a mensagem que chega à população nem sempre é verdadeira. Para Hasselmann o povo deve ser ver como um influenciador. ”Independente de quantos seguidores temos, dos que possuem milhões aos que detém algumas dezenas. Todos temos que ter a persuasão de influenciar a todos e constranger os nossos representantes. A Reforma é a salvação e a retomada da economia”, afirmou.
Em números atuais, a Reforma da Previdência como foi enviada pelo governo ao Congresso, vai economizar, em uma década, cerca de R$ 1,26 trilhões. Como fiel escudeira da Nova Previdência, Joice disparou” temos que ter ideia de que a reforma não é para o Bolsonaro. É para o Brasil”, ressaltou. Caso seja aprovada a atualização previdenciária, o fôlego pode evitar uma nova alteração nas regras das aposentadorias por, pelo menos, duas décadas. Mas fez uma observação: “a retomada da economia não vai ser do dia para a noite. A certeza que tenho é a de que mexendo nas regras, evitaremos, até 2023, o desemprego de 3 a 4 milhões de pessoas”, disse.
Fazendo um raio-x da receptividade do tema em outras regiões do País, a deputada afirmou que o Sul é menos hostil, mas que o grande problema da reforma é falta de clareza sobre o tema. Uma das alternativas levantada por ela é a de reunir líderes comunitários e levar a informação, de forma didática, em comunidades, centros sociais, escolas e favelas. “O povo detendo o conhecimento e noção da situação, serão capazes de eliminar que os pilantras apliquem o “conto do vigário”. Precisamos nos tornar Agentes da Previdência”, conclamou.
Em um dos pontos altos da palestra, a parlamentar desejou que, em 2022, no bicentenário da Independência do Brasil, o País já esteja com a Reforma aprovada. ”Essa Reforma vai reerguer o nosso País. Ela vai trazer um mar de notícias e realizações positivas para a economia. Ninguém vai nos segurar. Alcançaremos a nossa verdadeira independência econômica”, disse Joice
#Sim à Reforma da Previdência
Fazendo alusão à hashtag da campanha criada pela Federasul em defesa da Reforma, Simone Leite ressaltou que a Federasul é contra os privilégios adquiridos de todos os poderes. E afirmou “são as grandes corporações do funcionalismo, que detém gordos salários, os principais lobistas pela não aprovação da PEC” afirmou a presidente, que pediu que a sociedade tenha voz ativa e tome as rédeas do processo.
Reforma Tributária
Perguntada sobre a tramitação da matéria, a parlamentar alegou que o projeto deve começar na sequência da aprovação da Nova Previdência, e será uma junção de esforços e projetos que estão na Câmara e Senado.
Deputado Zucco
A abertura do almoço contou com a presença do deputado estadual Coronel Zucco (PSL/RS), que fez duras críticas sobre a velha política e afirmou que o modelo antigo de política se esgotou. Também aproveitou o momento para falar de alguns projetos que pretende apresentar, tais como o dos Colégios Militares e a formação de uma Frente Parlamentar, na defesa de crianças e no combate à pedofilia e tráfico de menores. Também defendeu que o processo de desestatização das estatais gaúchas deve absorver outras estruturas, e não apenas CEEE, CRM e Sulgás.