O menino pobre do interior de Minas Gerais, filho de um casal de lavradores, se viu desde cedo na obrigação de auxiliar nos compromissos de casa. Rufino, que perdeu a mãe muito criança, com apenas 8 anos de idade, começou a trabalhar a partir daquele momento. Em seu histórico de empreendedorismo, ele possui experiência como catador, em um lixão, de onde tirava o sustento e, também, a alimentação. Passando por feiras de bairro e chegando ao mercado de desmanches e autopeças. Aos 24 anos já atuava como diretor da empresa, que aos 13, havia sido admitido como office boy. Para Geraldo, “pobreza é um estado de espirito. E igualdade só se conquista com produtividade”, ressaltou o empresário.
O “Catador de Sonhos”, como Rufino é conhecido, afirmou que “o fundo do poço é o melhor lugar para recomeçar”, mas advertiu dizendo que “ninguém faz nada sozinho. A ascensão é feita degrau por degrau”. Crítico de assuntos como cotas raciais, CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), Governo e assistencialismo do Estado, Rufino defende a ideia de que o povo precisa lutar por si, sem esperar migalhas, mas também disse que “cabe ao povo agradecer mais, reclamar menos e parar de terceirizar a culpa de seus erros. Para ele o governo é uma “máquina de não fazer”.
Quanto ao Brasil, Rufino foi categórico ao afirmar que o problema do País é o próprio povo, sem engajamento político e sem interesse pela política. Para finalizar, Geraldo disse que “o Brasil é o melhor lugar do mundo para se viver. Temos que lutar, cada vez mais, por um país melhor e menos assistencialista. Trabalhar é o melhor remédio para o Brasil”, disse Rufino.
Dono de um humor surpreendente, o ex-catador de latinhas, de 56 anos, que é afrodescendente, disse que a cor negra de sua pele não pode ser pensada como uma característica de “vítima” e sim de um descendente do continente africano e destacou que “humildade é o primeiro passo para o sucesso”.