Em plena Copa do Mundo, onde os olhos estão todos voltados à Rússia, a Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul) discutiu o futebol nessa quarta-feira (20) durante a reunião-almoço Tá na Mesa. Com as presenças do presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Jr, e de Fernando Carvalho, ex-presidente do Internacional, a reunião-almoço trouxe para o debate não só o futebol como técnica ou esporte, mas como negócio e gestão.
Para Bolzan, o crescimento do Grêmio decorre da profissionalização do futebol, aliado ao planejamento estratégico e à gestão eficiente. Assim como na política, o futebol também foi afetado por diversos casos de corrupção, uma das principais barreiras a serem enfrentadas pelos clubes. Romildo implantou um processo de gestão que focou na transparência e inovação do tricolor gaúcho. Atualmente a marca Grêmio está valorada em mais de 700 milhões, a quinta mais valiosa dentre os clubes nacionais. “Somos hoje o clube que mais licencia sua marca, em diversos produtos. O Grêmio está em um processo avançado de atualização, a fim de equiparar-se ao mercado mundial do futebol”, comparou.
Já Fernando Carvalho caracteriza-se como profissional do futebol e atualmente dedica-se a projetos pessoais. Ele preferiu focar em sua vida doada ao futebol gaúcho, alcançando o ápice com a conquista do Mundial, em 2006. Assim como Bolzan, Carvalho é defensor da profissionalização do futebol e o foco principal na gestão que faça o clube crescer, acentuando o nível de competitividade.
Sobre o controle da Arena, Bolzan foi categórico ao afirmar que “assumir o controle do estádio é como um ‘campeonato’”, e garantiu ser prioridade de sua gestão, desde que seja favorável aos interesses do Grêmio.
Para Simone Leite, que mediou o encontro, “a Federasul não poderia deixar de realizar este debate. Afinal essa paixão pelo futebol envolve milhões, em dinheiro e pessoas, além do momento ser muito propício”, disse.