Depois de bater recordes no faturamento o sistema anuncia que, neste ano, será difícil cumprir as metas embora a projeção para os próximos cinco anos seja alcançar 150 bi
Embora o cooperativismo gaúcho tenha registrado um crescimento recorde no faturamento que chegou a R$ 81,9 bilhões em 2022 e a projeção do segmento para os próximos cinco anos seja de alcançar R$ 150 bilhões, neste ano, especialmente, as cooperativas não vão conseguir atingir suas metas.
A informação é do presidente do Sistema Ocergs, Darci Hartman, que falou no Tá na Mesa da FEDERASUL desta quarta-feira (28). Darci Hartman lançou também a publicação “Expressão do Cooperativismo Gaúcho 2023” (um balanço do setor).
O dirigente atribui as dificuldades enfrentadas por muitas cooperativas às altas taxa de juros que representam um permanente desafio e também à seca. “Dificilmente 2023 repetirá os números do ano anterior, será um ano de transição. As cooperativas precisam de ambiente e custos estáveis para prosperar”, afirmou ao acrescentar que acredita na recuperação das cooperativas.
O Sistema Ocergs reúne 371 cooperativas com destaque para os ramos do agronegócio, saúde, crédito e infraestrutura. Conta com 3,5 milhões de associados e gerou 76,5 mil empregos em 2022. A pesquisa apresentada demonstra ainda que as cooperativas gaúchas registraram crescimento de 19,2% nas sobras apuradas, atingindo o valor de R$ 4,3 bilhões.
Segundo Darci Hartman o sistema gaúcho superou as expectativas e, com resultados positivos, comprovou que a chave do sucesso está na colaboração e na construção conjunta. “O cooperativismo tende a seguir em ascensão, já que as crises fazem com que mais pessoas se aproximem de soluções coletivas”. Argumentou ainda que a sustentabilidade econômica das cooperativas é o grande desafio da gestão e que a sanidade é responsável pelo crescimento do setor. Darci Hartman atribuiu o sucesso do cooperativismo gaúcho à afinidade cultural existente.
Outra informação destacada pelo dirigente é a previsão de investimento de R$ 300 milhões em capacitação nos próximos cinco anos.
O Tá na Mesa foi conduzido pelo presidente da FEDERASUL, Rodrigo Sousa Costa, e contou com a participação, no debate, do secretário de Agricultura do Estado, Giovani Feltes e do vice-presidente de Integração da FEDERASUL, Rafael Goelzer.
Rodrigo Sousa Costa destacou, em sua manifestação, a semelhança entre o cooperativismo e o associativismo praticado pela entidade. “Trabalhamos em busca de oportunidades que façam com que o Rio Grande do Sul seja um Estado acolhedor para os que estão dispostos a investir e ver nossa economia prosperar”, finalizou.