Causas e efeitos da síndrome de burnout foram apontados durante reunião
Chamar a atenção sobre os impactos que a Síndrome de Burnout ( ou síndrome do esgotamento profissional) podem causar na saúde das pessoas, especialmente em mulheres. Este foi o objetivo da troca de ideias que o Núcleo de Empreendedoras da ACIST-SL promoveu na quarta-feira, 11, durante sua reunião quinzenal. As nucleadas foram convidadas a vestir amarelo para marcar a ação que visa chamar a atenção para o Setembro Amarelo, mês destinado à conscientização sobre a Síndrome.
“Doenças psicoemocionais são a terceira maior causa de afastamento laboral no Brasil e serão as principais em 2023”, aponta a psicóloga Josivani Mendes, vice-coordenadora do Núcleo e integrante do Grupo de Trabalho Saúde Emocional no Trabalho. Ela acrescenta que as mulheres têm 40% de chance de desenvolver a síndrome devido a fatores biológicos, sociais e ambientais. “Conciliar trabalho, estudos, família e muitas vezes serem cuidadoras de outros exige um grande esforço que cobra um preço, que é esta sensação de esgotamento”, alerta Josivani.
Sinais – Leila Klin, também psicóloga e integrante do Grupo, destacou que os sinais de alerta para um possível episódio de Burnout, que são divididos em três segmentos.
O primeiro está no físico, como a fadiga, sensação de esgotamento que não melhora com o descanso, dores de cabeça, pescoço e outras partes do corpo, distúrbios digestivos, tontura, insônia, dentre outros.
A seguir, vêm os sinais emocionais, como ansiedade, irritabilidade, humor depressivo, impaciência, sarcasmo, anestesiamento que gera incapacidade de se emocionar, por exemplo.
Os sinais de alerta comportamentais podem ser as queixas frequentes, fazer tudo o mais rápido possível para ir logo embora, baixo concentração e diminuição do rendimento, intolerância e faltas ou atrasos no trabalho.
Prevenção – Para prevenir a Síndrome de Burnout, é preciso, acima de tudo, ter autoconhecimento, de modo a reconhecer seu comportamento diante das situações e a partir daí, tomar atitudes como gerenciar os momentos de estresse. “Eventos difíceis e muitas horas de trabalho fazem parte do nosso cotidiano. Mas é preciso haver o gerenciamento entre as demandas e os momentos de descompressão, nos quais podemos recarregar as energias”, reflete Leila. Ações simples, como pausa para um café, uma caminhada, uma conversa com amigos, são grandes aliados. Se os sintomas forem muito fortes, o indicado é procurar apoio profissional.
Ambiente de trabalho – Mudanças no ambiente de trabalho podem e devem ser incentivadas, tais como estabelecer canais de comunicação para um diálogo que contemple a escuta ativa, dar e receber feedbacks e estabelecer a cultura do respeito, empatia e acolhimento. “Temos que avaliar nosso comportamento diante de situações tanto nossas como dos nossos colaboradores, pois todos estamos sujeitos a esta Síndrome´”, reforça Josivani.
Elizabeth Renz