Especialistas afirmam que pandemia é a “virada de chave” para a digitalização das atividades econômicas
Quando o assunto é Inteligência Artificial, Indústria 4.0, blockchain e outros tantos nomes relacionados à tecnologia, muitas pessoas não entendem ou, até mesmo, se assustam pelo fato de a automação, por meio de computadores, softwares e etc, fazer parte do dia a dia de todos. Com o surgimento da pandemia, inúmeros negócios tiveram que se adaptar, alterar ou inserir dentro do mundo digital.
Para dar uma pequena abordada no assunto, a presidente da FEDERASUL, Simone Leite, recebeu, através da fanpage FEDERASUL três jovens e importantes nomes da inovação aqui no Rio Grande do Sul. São eles: Camila Borelli, CEO da Nau Live Spaces; Francisco Hauck, presidente da Fábrica do Futuro e Pedro Valério, diretor Executivo do Instituto Caldeira.
Com DNA empreendedor, Francisco Hauck, descendente dos fundadores da principal indústria de enfeites de Natal já existente no RS (Wanda Hauck), explicou como funciona a sua mais nova ferramenta de inovação. O ambiente da chamada Fábrica do Futuro tem origem em uma história de quase sete décadas, lá em 1942, quando surgiu a indústria de decoração. O negócio da família seguiu estável até a década de 90, quando ocorreu a reabertura econômica do Brasil ao mercado exterior.
Implementadas algumas ações, Francisco viu que era momento de olhar para o futuro, descrito por ele como “Conceito Pivotal”, que em suma significa aproveitar a crise para usar a favor de si. Hoje a Fábrica do Futuro, nas palavras dele “é um ecossistema multiplataforma de projetos e experiências. Experiências imersivas e com tabalho coletivo”. No local, localizado no 4º Distrito de Porto Alegre (Bairro Navegantes), o foco é voltado para indústria criativa e ao ambiente de trabalho coletivo.
Outro case gaúcho de inovação, mas descrita como incremental, a Nau Space Lives, co-criada por Camila Bonelli, abarca no negócio/projeto a necessidade de conciliar ambiente com qualidade de vida e bem-estar. Com sede no edifício do Clube Gondoleiros, construído há 105 anos, o novo negócio é baseado em importantes critérios, tais como: diversidade; comunidade e oxigenação.
“Quando criamos a Nau, o foco era não ser um negócio pelo dinheiro, mas para proporcionar um ambiente profissional menos tóxico e doentio. Tem que ser leve!”, descreveu Borelli. A Nau é composta por três hubs de inovação, além de espaço para coworking.
O principal núcleo de inovação e tecnologia da região sul, o Instituto Caldeira adota uma linha mais hard no quesito mudança de mindset. Localizado no principal ponto do Navegantes, o DC, a organização é distribuída em uma área de 22 mil m². Considerado como o principal hub, o diretor Pedro Valério afirmou que o horizonte do Rio Grande do Sul é positivo para essa nova era de aceleração digital. Uma das inúmeras frentes do Instituto é desmistificar os chamados hard skills.
“O RS precisa de uma rede coesa de iniciativas e agentes para contribuir com ações concretas. Nós acreditamos no Estado e temos tudo para ser um grande polo de inovação. Não queremos reinventar a roda, mas aperfeiçoá-la a girar mais rápido”, definiu Pedro.