Presidente da companhia de distribuição que atende a 7 milhões de gaúchos, disse que o sucesso nas metas de racionamento depende basicamente dos consumidores
Com investimentos de R$ 5,5 bilhões (até 2025), a RGE, responsável pela distribuição de 65% da energia no Estado, em 381 municípios, se prepara para agregar maior eficácia em sua operação, reduzir os prazos de atendimento através do processo de digitalização da empresa e alcançar indicadores de eficiência. A meta é tornar o consumo energético mais sustentável disse o presidente da companhia, Marco Antônio Villela de Abreu, no Tá na Mesa, que foi coordenado pelo presidente, Anderson Trautman Cardoso, e transmitido pelo site e pelas redes sociais da FEDERASUL.
O presidente da RGE, Marco Antonio Villela de Abreu, disse que o racionamento em vigor no País com as novas tarifas de energia vai depender de cada cidadão que precisa economizar. O País vive o racionamento pela falta de chuvas e precisa atingir a meta de 10 a 20% de economia até dezembro. “Chuveiros elétricos representam 25 a 35% do valor da conta, ar condicionado 15% e lâmpadas incandescentes de 15 a 25%”.
A distribuidora, que atende 75% dos municípios gaúchos busca alternativas para que a energia sustentável ganhe robustez no Estado a partir de sua gestão e do plano de investimento. O presidente falou sobre os pilares que sustentam a empresa. Eles vão da eficiência até a governança operacional, passando pela sustentabilidade onde foram assumidos 15 compromissos, que preveem a ampliação para 95% da distribuição de energia sustentável com o propósito de reduzir em 10% as emissões de carbono.
No plano de expansão, a RGE substituiu 303 mil postes de madeira por concreto e ampliou os investimentos na ampliação e construção de novas subestações e linhas de distribuição em diversas regiões do Estado. “Modernizamos circuitos e todos as equipes de campo estão operando no digital para ganhar em produtividade e reduzir prazos”. A empresa trocou 77% da frota reduzindo a idade média dos veículos para dois anos com o objetivo de diminuir as emissões.
Entre as soluções o setor, a RGE citou o programa voltado à eficiência em hospitais. As casas de saúde filantrópicas e públicas estão conseguindo, com este programa, uma economia em torno de 30% na conta de luz, via instalação de usinas fotovoltaicas. “Existem 53 hospitais com as obras já concluídas, economizando R$ 8 milhões por ano”. Mais 56 hospitais estão em reforma e os projetos devem ser concluídos até o início de 2022.
De acordo com ele, um dos gargalos na estrutura do Estado são as estradas. Com indicadores de eficiência alcançados, a RGE enfrenta o desafio de buscar as soluções com rapidez. “Para isso, é necessário melhorar as condições das estradas para nos ajudar a acessar os locais que necessitam de consertos”, concluiu.
Empresa do grupo CPFL, a RGE está no Estado desde o final dos anos 90, quando o braço de distribuição da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) foi privatizado. De lá para cá, ela vem aprimorando sua operação e está incluída, entre as melhores distribuidoras de energia do País, por ter alcançado os indicadores de eficiência previstos na meta regulatória.