Fundo recebeu novas adesões e já conta com R$ 80 milhões
Dentro do clima das enchentes que ainda não permitem o retorno das atividades à sede, no Palácio do Comércio, a FEDERASUL retomou nesta quarta (29), de forma on-line, o Tá na Mesa. Foi o primeiro possível de ser realizado no mês de maio. Convidados, os empresários William Ling, presidente do Instituto Ling e Claudio Goldsztein, presidente do Conselho do Instituto Cultural Floresta falaram sobre o Programa Reconstrói RS.
O Instituto Ling e o Instituto Cultural Floresta, junto com a FEDERASUL, são signatários do Reconstrói RS, lançado para ajudar nas soluções dos problemas causados pelo desastre climático que atingiu o Estado, através da alocação de recursos que vão auxiliar nas obras de recuperação dos municípios gaúchos. O Reconstrói RS , idealizado pelo Instituto Ling, iniciou com a doação inicial de R$ 50 milhões feita pela família Ling. O fundo já recebeu importantes adesões e conta com R$ 80 milhões. Na próxima segunda-feira estará finalizado o regramento com as orientações de funcionamento do Programa.
Já está definido, por exemplo, que o encaminhamento para avaliação dos projetos considerados prioritários pelas comunidades se dará através das 194 Associações Comerciais e Industriais vinculadas à FEDERASUL. As filiadas vão coordenar junto às comunidades a definição das obras a serem propostas e também a participação financeira dos municípios.
O presidente da FEDERASUL, Rodrigo Sousa Costa, disse que nesse momento desafiador é importante ter foco no direcionamento dos recursos e uma visão de longo prazo. Acredita que a superação desta catástrofe se dará pela força do trabalho e pelo empreendedorismo. Lembrou que “neste momento é importante que a verdade se sobreponha a disputas por protagonismo”.
Em sua manifestação, o empresário William Ling destacou que passada a catástrofe, chegou a hora de contabilizar as perdas e de reconstruir o Estado. “Temos capacidade de olhar para frente, encarar os desafios e encontrar soluções eficazes e rápidas. Esse projeto não é meu, pertence às três instituições e conta ainda com um grupo técnico que vai ajudar a validar os pedidos que vão surgir, declarou ao acrescentar o Programa Reconstrói RS será ágil na liberação dos recursos para a reconstrução das obras necessárias. Citou alguns exemplos de obras que poderão ser apresentadas pelas comunidades: a recuperação de trechos de estradas, de pontes, reformas de encostas de morros e barragens. “Esperamos liberar todo recurso do fundo em poucos meses e assim contribuir para a reconstrução do Estado”, finalizou.
Claudio Goldsztein destacou sua admiração pela forma rápida e espontânea com que a sociedade civil se organizou para que as doações chegassem rapidamente aos necessitados. Disse que a união e a solidariedade dos gaúchos fez crescer o espírito humano dos brasileiros que vieram de todo país contribuir para aliviar as dores das perdas do povo gaúcho.
Também participaram do Tá na Mesa desta quarta-feira, os vice-presidentes de Integração, Rafael Goelzer e de Micro e Pequena Empresa Douglas Ciechowiez. Rafael Goelzer ressaltou que o Programa Reconstrói RS, representa muito mais que valores financeiros,” representa os valores da alma e a capacidade de transformação da sociedade. Certamente será uma inspiração para outras iniciativas”, acrescentou.
Douglas Ciechowiez lamentou a situação extremamente angustiante e desesperadora das pessoas que perderam familiares e suas casas com a tragédia, mas destacou a importância do engajamento da população na luta pela reconstrução.