Horácio Cartes presidirá o bloco econômico pelos próximos seis meses. Até a cúpula desta sexta, o Mercosul era comandado pela presidente Dilma Rousseff – ela assumiu o mandato em dezembro do ano passado, após encontro do bloco na cidade de Paraná, na Argentina.
Em seu discurso, ao tomar posse como novo presidente, Cartes defendeu que o bloco tenha “mercado livre e sem travas.”
“Estou convencido de que devemos fixar metas realizáveis e mensuráveis, colocando todos os esforços para concretizá-las na maior brevidade possível. O mundo nos observa, então, façamos realidade do bloco a integração”, disse.
“O Paraguai propõe mercado livre e sem travas entre os países, além do apoio político e técnico dos governos de todos os Estados do Mercosul com o compromisso de servirmos aos cidadãos para conseguirmos, cada vez mais, melhores condições de vida”, completou o presidente paraguaio.
A cúpula em Brasília, no Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, serviu para que os países discutissem temas como integração produtiva, promoção comercial e atração de investimentos.
Ao passar o comando do Mercosul para Horácio Cartes, a presidente Dilma Rousseff citou o “grau de comprometimento” do governo brasileiro à frente do bloco. A petista ainda desejou ao colega paraguaio “muito êxito” e o homenageou em sua fala.
“Ao transmitir a presidência, desejo ao governo do Paraguai, na pessoa do presidente Horácio Cartes, muito êxito na construção dos trabalhos do Mercosul no próximo semestre”, declarou Dilma.
‘Aventuras antidemocráticas’
Mais cedo, ao discursar durante a Cúpula do Mercosul, a presidente afirmou, sem citar exemplos, que não há espaço para “aventuras antidemocráticas” na região.
“A realização periódica e regular desses pleitos [ela citou as eleições recentes nos países do Mercosul] demonstra a capacidade de lidar com as diferenças políticas por meio do diálogo, do respeito às instituições e da participação cidadã. Temos de persistir neste caminho e evitando atitudes que acirrem disputas e incitem a violência. Não há espaço para aventuras antidemocráticas na América do Sul e na nossa região”, disse a presidente na ocasião.
Dilma também afirmou que a crise econômica mundial não pode criar barreiras econômicas entre os países do Mercosul e defendeu que o bloco busque acordos com países fora da região.
Fonte: G1 Mundo