A provocação do empresário Pedro Henrique Brair, dono da Farmácias São João, que fatura R$ 2,7 bilhões/ano e emprega 10.300 pessoas, foi feita no Congresso da Federasul, que encerra neste sábado, em Canela
Os políticos brasileiros precisam ser patrióticos e pensar mais no bem comum. Foi desta forma que o presidente do Grupo das Farmácias São João, Pedro Henrique Brair, iniciou sua palestra no Congresso da Federasul. Preocupado com as reformas “essenciais” para o Brasil, o empresário que deve faturar R$ 2,7 bilhões neste ano e que quase paga R$ 40 milhões de impostos ao governo, quer mais coerência na política e na economia. “Nossas leis trabalhistas são arcaicas, a situação econômica do País traz como resultado uma inadimplência de 40% o que é chocante para os negócios e estamos pouco vigilantes, pouco indignados”, provocou.
Brair, que abre 100 farmácias por ano e emprega 10.300 pessoas, disse para uma plateia de empresários e líderes do Estado que “pior que a corrupção é a má gestão” Para ele, o Brasil oferece um péssimo ambiente de negócios aos empreendedores. “É difícil empreender, precisamos ser heróis, guerreiros para continuar”, definiu.
Aplaudido de pé, Brair, que mantem sua sede em Passo Fundo, e é dono de 601 farmácias espalhadas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, defende teses como o “segredo é o trabalho” e posta nos locais de atendimento frases de estímulo para seus funcionários que consomem uma folha de pagamento equivalente a R$ 38 milhões/mês.
Seu grupo que está na quinta posição no ranking nacional de redes de farmácias do País que estar entre as três maiores redes em 2020. Com atuação também na área agrícola, na produção de alimentos (25 mil hectares) a holding da Farmácias São João controla sete empresas e vai inaugurar um centro de distribuição equivalente a 40 mil m², em Passo Fundo (na década de 90 funcionava em 200 m²).