Os desafios da educação são gigantescos

O Tá na Mesa mostrou que mesmo com avanços significativos, ainda há um longo caminho a percorrer para preparar os jovens às demandas da nova economia

                Sem a compreensão sobre o amplo papel da educação, o Brasil não vai conseguir preparar os jovens para atuar no futuro e atender as demandas da nova economia. Este foi o ponto em comum mostrado no Tá na Mesa, dessa quarta (24), pelos especialistas que falaram sobre Educação para Construir o Futuro.

Nas apresentações de Gabriel Corrêa, líder de políticas educacionais do Todos pela Educação e Ronald Krummenauer, CEO do Transforma RS, a educação avançou mas ainda é insuficiente para conseguir mudar a realidade brasileira, onde muitos jovens estão fora das salas de aula ou mais de 30%  deles, com 19 anos, não completaram o ensino médio.

         Com a pandemia a situação se agrava e as escolas muito afetadas, ampliaram as desigualdades. Estudo da Fundação Getúlio Vargas aponta que o retrocesso foi equivalente a quatro anos, especialmente entre os filhos de família de baixa renda. O presidente da FEDERASUL, Anderson Trautman Cardoso, lembrou que no Estado, a pandemia evidenciou uma crise que já estava instalada há mais tempo. “Já ocupávamos modestas posições nas avaliações que medem o nível de aprendizado dos estudantes”, esclareceu.

         O Tá na Mesa, que contou com a participação do diretor de Educação da FEDERASUL, Fernando de Paula, mostrou ainda que o tema educação vai além do ensino nas escolas pois é o instrumento para a formação dos profissionais que atuarão neste século.  

         Depois dos avanços na área de segurança e de saúde, o Rio Grande do Sul poderia pensar na reforma na área da educação, sugeriu Krummenauer. Segundo ele, a decisão de vincular os repasses de ICMS aos municípios, anunciada pelo governo gaúcho, vinculada a evolução educional, talvez “possa ser o primeiro passo da reforma educacional”, destacou.

         Ao focar sua apresentação em quatro mensagens, Gabriel Corrêa ressaltou os desafios que precisam ser vencidos. Ele disse que as lideranças políticas têm papel central na educação e lembrou das duas vias para mudar o cenário: a primeira, pelo caminho sustentável, classificada como “de longo prazo” e a segunda, pelas rotas alternativas, como através da via pelos tributos. Ele concluiu dizendo que o tema educação precisa estar na pauta política a ser debatida no ano eleitoral que se aproxima.

 

 

 

 

PUBLICADO EM: 24 de novembro de 2021