Segundo estudo comparativo dos 34 Estado-Membros da OCDE, divulgado hoje (8) pela Fundação Bertelsmann, existe o risco de um fracasso no cumprimento dos objetivos. O estudo identifica os Estados que podem se tornar exemplo a ser seguido para o cumprimento de determinados objetivos de desenvolvimento sustentável e aqueles onde continuam a ser verificadas graves deficiências.
Entre os países mais preparados para cumprir os novos objetivos da ONU estão as nações escandinavas como a Suécia, Noruega, Dinamarca e Finlândia, seguidas da Suíça. Os Estados Unidos, a Grécia, o Chile, a Hungria, Turquia e o México são os que estão em posição pior.
“Tendo em conta o aumento da desigualdade social e o desperdício de recursos, os países ricos não podem continuar a dar lições ao mundo, nem ditar como devem se desenvolver os países emergentes”, disse Aart de Geus, presidente da Fundação Bertelsmann.
O estudo mostra grandes diferenças entre os países em relação a diferentes objetivos, principalmente no que diz respeito à desigualdade social, que alcançou nível sem precedentes nos países industrializados. Nos 23 países da OCDE, os 10% mais ricos ganham tanto, ou mais, que os 40% mais pobres. Também são observadas grandes diferenças quanto à contaminação do ambiente. Países como a Austrália, o Canadá, a Polônia ou o México emitem uma quantidade de dióxido de carbono por unidade de produção econômica seis vezes superior à da Suécia ou Noruega.
“Se os países em desenvolvimento conseguiram reduzir à metade sua taxa de mortalidade infantil com a ajuda dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, deveríamos poder exigir aos países industrializados que tornem os seus modelos econômicos mais socialmente iguais e sustentáveis, com a ajuda dos novos objetivos da ONU”, afirmou Christian Kroll, coordenador do estudo.
Fonte: Agência Brasil