O Rio Grande no novo cenário de investimentos

Investidores privados e setor público falaram, no Tá na Mesa, sobre o novo momento do RS dentro das circunstâncias geopolíticas e estratégicas

                O novo momento que vive o Estado do Rio Grande do Sul ganhou destaque nesta quarta (23) durante o Tá na Mesa, que focou em Investimentos no RS  e trouxe para o debate, o CEO do Grupo Cobra, Jaime Llopis, o diretor da Seara/JBS, Fabio Soares, o secretário do Desenvolvimento Econômico do Estado, Edson Brum e a diretora de operações do BRDE, Leany Lemos. Ao ressaltar o novo cenário, o presidente da FEDERASUL, Anderson Trautman Cardoso, lembrou da conjuntura local, nacional e internacional e disse que “continua nos desafiando”.

         Anderson falou sobre as boas manchetes como os investimentos já anunciados da Yara Fertilizantes (R$ 2 bilhões), da modernização da CMPC (R$ 2,7 bilhões), da Usina Termelétrica de Rio Grande, que deve injetar R$ 6 bilhões, o do investimento de R$ 1,7 bilhão da JBS, entre outros. “Um novo ânimo na economia gaúcha”, disse, acrescentando que o RS está promovendo concessões e privatizações que proporcionam novas oportunidades de negócios.

         Para ampliar o cenário favorável ao crescimento, o secretário Edson Brum enumerou as leis de fomento à economia mostrando a desburocratização promovida e dizendo que o Fundopem, entre janeiro e fevereiro deste ano já aprovou 16 projetos que resultarão em investimentos de R$ 7 milhões até agora. Disse que o investimento no RS atingiu, em 2021, R$ 6 bilhões em 78 projetos que geraram 13.150 empregos.

         Na visão da diretora de Operações do BRDE, Leany Lemos, trabalhar num cenário diferente com as contas ajustadas é muito diferente. Segundo ela, o BRDE, o 15º banco brasileiro, em ativos, tem uma carteira de R$ 14 bilhões. Disse que o banco está em 1154 municípios e atende 95% de seus clientes na iniciativa privada. Leany contou que os programas foram alinhados para a agenda de transformação (faziam 20 anos que não eram reformulados) e disse que “há crédito disponível”.

         Para o diretor da Seara/JBS, Fábio Soares, o grupo tem investimentos para o RS e mostrou como são gerados os valores para toda cadeia. Destacou o desempenho internacional da JBS e disse que a missão do grupo é produzir alimentos, com sustentabilidade. “Todo bem-estar da nossa cadeia está garantido com o modelo de integração”. Mostrou os critérios de desempenho com a gestão compartilhada com os produtores e disse que a JBS assinou o compromisso de alimentar o mundo baseado na sustentabilidade e compromisso social. Somos a segunda maior empresa de alimentos do mundo e “vamos zerar a emissão de gases até 2040 para minimizar o efeito estufa”.

         O CEO do Grupo Cobra, Jaime Llopis, falando um português com sotaque espanhol, disse que é grande a satisfação com o projeto que vão realizar no Rio Grande do Sul, nos efeitos multiplicadores e estruturantes para o sul do País. Mostrou o que é o Grupo Cobra no mundo, falou sobre o investimento em Rio Grande e enfatizou o que ele representa além da geração de energia. Ressaltouse  que a expertise do grupo é gerar energia e infraestrutura. “Um dos grandes desafios que temos no Brasil está nas oportunidades que se encontram no País em todas as áreas do Grupo”. Disse que o grupo Cobra Brasil está vinculado ao Grupo Vinci, líder mundial em construção e infraestrutura. “Estamos no mercado brasileiros há 25 anos nas áreas de instalações elétricas, meio ambiente, montagens industriais, plantas industriais e tecnologia e sistemas”. Destacou que o projeto de Rio Grande mostra o potencial que tem a partir da localização no sul do Brasil, junto com a chegada do gás, um novo elemento na matriz energética do País.

       

 

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PUBLICADO EM: 23 de março de 2022