O futuro do Rio Grande no Tá na Mesa

Uma reunião histórica porque o cardápio foi a discussão sobre o Rio Grande como uma janela de oportunidades

O governador Eduardo Leite e o presidente da Assembleia Legislativa Vilmar Zanchin foram os palestrantes do Tá na Mesa da FEDERASUL desta quarta-feira (05). Leite e Zanchin foram convidados pelo presidente Rodrigo Sousa Costa para apresentarem suas perspectivas sobre as possibilidades de o Rio Grande do Sul ser efetivamente “Uma janela de oportunidades” para investidores.

Ao abrir o debate, o presidente destacou a importância de realizar uma avaliação sobre os desafios do futuro e o que já foi realizado no momento em que a gestão completa seis meses de atuação. Explicou que investidores internacionais estão avaliando onde aplicar quase R$ 200 bilhões em novos projetos. Nesse aspecto considera que o Rio Grande do Sul se tornou um Estado acolhedor em relação aos demais após ter realizado significativa reforma administrativa. “Será que podemos nos tornar um polo de inovação? Que Estado teremos em 2035 quando a Revolução Farroupilha estiver completando 200 anos”, questionou o dirigente aos palestrantes e ao público que lotou o Salão Nobre do Palácio do Comércio.

Rodrigo Sousa Costa destacou também a importância da sociedade civil organizada estar ciente de seu papel de mobilização na busca de um Estado próspero, mais humano e que ofereça oportunidades para aqueles que aqui desejarem permanecer.

O dirigente destacou ainda que o governo de Eduardo Leite desatou vários nós que permitiram que o Estado enfrentasse a crise existente. E que diante da constatação de que Governo, Poder Legislativo e FEDERASUL comungam de uma mesma visão de que é preciso criar um ambiente acolhedor para quem quer empreender, é hora também de enfrentar os gargalos que impedem ou dificultam o crescimento da economia e a diversificação da matriz econômica, que representa, segundo ele, “a chave do futuro”.   

Eduardo Leite reconheceu que tanto a FEDERASUL como a Assembleia Legislativa têm sido parceiras do Governo na agenda de transformações. Disse que o desafio do Estado está em ser visto como uma economia atraente e com novos horizontes. “Trabalhamos para que o Rio Grande do Sul volte a ter o destaque no cenário nacional que precisa e merece ter”. 

Leite explicou que não existe caso no mundo de sociedade que tenha prosperado com um governo desajustado e que o RS fez as reformas administrativa e tributária, reduziu o déficit fiscal e previdenciário, bem como realizou a simplificação e redução de tributos, de maneira responsável. Destacou também que o Governo retomou os investimentos públicos, viabilizando cinco mil projetos que somaram R$ 6,5 bilhões.

Essas mudanças, conforme o governador permitiram que o Estado ocupasse o 1º lugar em inovação no ranking de competitividade dos Estado, além de 3º lugar em sustentabilidade social, e 3º lugar em eficiência da máquina pública.    

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Vilmar Zanchin disse que o parlamento gaúcho foi protagonista das grandes reformas implementadas que contribuíram para que o Estado, mesmo sofrendo com a pandemia e as severas estiagens, tenha conseguido ocupar o 6º lugar no ranking nacional da competitividade, se tornando a 5 ª economia do País, praticamente empatada com o Paraná. “Depois de reformar as estruturas de governo, é hora de olhar para os problemas da sociedade”, afirmou, ao destacar a necessidade de resolver o armazenamento de água e a irrigação, fundamentais para o RS enfrentar as estiagens; a conclusão do acesso asfáltico a todos os municípios gaúchos e ao atendimento de exames de saúde e cirurgias represadas. Destacou também a necessidade de investimentos em educação, considerando especialmente que o processo de digitalização das empresas está cada vez mais rápido e requer mão de obra especializada.

Reforma tributária

O governador Eduardo Leite chegou ao Tá na Mesa da FEDERASUL diretamente de Brasília onde reuniu-se com parlamentares das regiões Sul e Sudeste para avaliar o texto da proposta de reforma tributária em tramitação. Disse que conseguiu marcar posição para que o texto seja melhor avaliado. Acrescentou que para a proposta atual avançar é preciso que tenha mais equilíbrio. “Precisamos evitar que haja desequilíbrio federativo, a distribuição de tributos não pode ser desproporcional. O RS não pode ser lesado”.

A FEDERASUL, através de nota, firmou posição contrária à votação da reforma tributária em julho pois o teor da proposta é desconhecido assim como  os efeitos e impactos decorrentes. Rodrigo Sousa Costa lembrou que “é preciso mensurar o impacto das mudanças em cada um dos setores da economia”.

 

 

PUBLICADO EM: 5 de julho de 2023