O Brasil terá um bom ano em 2022

A previsão é do ministro Onyx Lorenzoni que falou no primeiro Tá na Mesa híbrido pós-pandemia. Para ele, o Brasil deve focar também na Ásia e na África no ano que vem

                O símbolo da retomada na FEDERASUL, o Tá na Mesa híbrido, ouviu o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni que falou sobre as “As razões para acreditar em um novo Brasil”. Com casa cheia, dentro das restrições impostas pela pandemia, o Salão Nobre do Palácio do Comércio, mostrou que na pandemia a entidade não se absteve de suas responsabilidades. “Estivemos atentos às transformações trazidas pela pandemia”, disse o presidente Anderson Trautman Cardoso.

         Ele lembrou que uma das transformações destacou a inovação que torna a economia competitiva e que esse tema foi eleito prioritário pela FEDERASUL cujo objetivo é fazer com que chegue aos quatro cantos do Estado. “Vamos fazer com que o RS seja referência nessa área”, enfatizou.

         Com um histórico sobre os últimos anos políticos e econômicos do País, o ministro abriu sua fala com Romanos 535, falando sobre perseverança que leva à esperança. Mostrou como caminhou o processo que ele chamou de “transformação” e disse que “o Brasil trabalhou com muita resiliência para garantir a mudança”. Contou que no início do governo Bolsonaro foram retomadas 35 mil obras que estavam paradas. “Fizemos também a reforma da previdência, a lei de liberdade econômica e os programas de parceiras e investimentos”. Estimou que com o leilão do 5G, o Brasil terá  um valor de R$ 1 trilhão de investimentos nos próximos anos.

         No demonstrativo das ações na pandemia, além de citar os programas criados para fazer frente aos reflexos da Covid-19, disse que o Brasil comprou mais de 600 milhões de doses de vacina, sendo 320 milhões distribuídas e 269 milhões aplicadas. “Geramos também, em dois anos e meio de governo, 3,1 milhões de empregos”, explicou.

         De janeiro a setembro desse ano, disse o ministro do Trabalho e da Previdência, o Brasil já gerou 2,5 milhões de novas vagas e até dezembro o total deve atingir a 3 milhões. Onyx também falou sobre a reforma administrativa e disse que ela deveria ter uma amplitude maior, um processo mais efetivo de resultados. “Esta que está no Congresso é aquém do que queríamos”

Em relação à reforma tributária esclareceu que é preciso tirar do projeto,  os Estados e os municípios, “para acabar com as resistências”. Para ele, reforma convencional não passa porque não há como agradar a todos os Estados. “Lamento porque perdi essa discussão e digo que essa que está aí não vai a lugar nenhum”, concluiu.

         Quanto à desoneração da folha de pagamento, que está em discussão no Congresso Nacional, previu uma boa discussão nas próximas semanas. ”Precisamos manter a que está aí, talvez com o prazo mais curto, para poder incentivar os setores que demandam mão de obra”, esclareceu.

         Defendeu a abertura de mercado no setor de petróleo assim como a privatização da Petrobrás e informou que no ano que vem o Brasil precisa focar mais na Índia que vai demandar alimentos. “A economia vai continuar crescendo em 2022 e vamos também ter que investir na Ásia e na África, puxados pela necessidade de abastecimento com alimentos”, estimou.

         Anunciou que o governo está montando um projeto para ampliar o Auxílio Brasil. “Acredito muito nessa ajuda”. Explicou que está sendo montado pelo governo um novo cenário para emprestar para 10 milhões de pessoas. Otimista disse que o dólar vai cair e que o Brasil terá um bom ano em 2022.

         No âmbito estadual falou pouco. Avaliou apenas para a necessidade do Estado ser mais humilde e planejar o futuro para ver onde estão os gargalos para ser mais agregador do que atrapalhador. Citou como exemplo de Estado que atrapalha, o fechamento de 120 mil empresas no RS e disse que vai manter o foco, até dezembro, no governo federal. “A pré-candidatura ao governo gaúcho será anunciada entre dezembro e janeiro”.

 

PUBLICADO EM: 27 de outubro de 2021