Não se pode perder a esperança de que é possível melhorar

Este foi o recado de quatro pré-candidatos ao governo do Estado, que participaram de um painel no Congresso da Federasul

 

Da esquerda para a direita: Eduardo Leite, Jairo Jorge, Simone Leite, Luis Carlos Heinze e Mateus Bandeira

Ao abrir o painel com os pré-candidatos convidados ao governo do Estado, a presidente da Federasul, Simone Leite, reafirmou a posição da entidade em ouvir quem está em sintonia com a classe produtiva. Leu a nota com o posicionamento (no final desta matéria) e, aplaudida por uma plateia com mais de 300 participantes, iniciou o painel onde cada um dos pré-candidatos respondeu, em 15 minutos, “Como construir um Rio Grande do Sul livre e favorável ao desenvolvimento?”.

O primeiro pré-candidato sorteado foi Mateus Bandeira, do Novo. Ele começou dizendo que “o Brasil nos deixa triste”. Detalhou sua posição lamentando a politização da Justiça e disse que os acontecimentos são “efeito colateral de um governo falido”. Classificou nosso capitalismo não de Estado e sim de “compadrio”. Ao falar sobre o diagnóstico  do presente lembrou que “a corrupção resulta de um Estado agigantado assim como a ruína das contas púbicas”. Para o futuro, disse “vamos optar entre  velho e o novo, entre manter o Estado obeso ou enxuto”. Defendeu as privatizações e enfatizou que quem paga a conta da ineficiência “somos nós”. Ainda projetando o futuro explicou que é importante colocar as contas em dia e que vai cumprir, se eleito, uma agenda que inclui um grande reforço na área de segurança.

Jairo Jorge foi o seguinte a falar conforme sorteio. Iniciou lembrando que o momento é de conflito e é preciso gerar a convergência. Registrou sua posição de que os demais pré-candidatos deveriam estar no painel da Federasul e lembrou que eles terão suas chances no primeiro debate que a entidade vai realizar. Contou que ao visitar 497 cidades do Estado ouviu qual é o sonho dos gaúchos de que o Rio Grande volte a ser grande assumindo seu protagonismo em diversos setores, como na educação, por exemplo. Para tanto, disse que olha para soluções inovadoras e não conservadoras. Citou que para chegar ao crescimento é preciso desburocratizar, reduzir a carga tributária e reestruturar o Estado em 10 novas estruturas, com três níveis hierárquicos. Defendeu as PPPs para as áreas de energia, estradas, comunicação e logística.

Luis Carlos Heinze disse ter domínio sobre a política nacional, afirmando ser possível, através de parcerias entre governo e empresários, a indução de mais investimentos em infraestrutura, logística e segurança, sem aumento de impostos. “Acreditamos na força do municipalismo e na gestão progressista como saída para o Estado”, revelou. Segundo ele, é necessário fazer um plebiscito no primeiro ano de mandato para definir a venda das estatais gaúchas, bem como reunir a força política em uma mesma direção. “Precisamos de um governo com vontade de crescer, fazer, evoluir e olhar com ambição para o futuro”, torceu.

Ao também citar a polêmica sobre o plebiscito, Eduardo Leite defendeu a necessidade de um amplo debate com a sociedade, no tempo estabelecido pela lei. Além de criticar a atitude do governo, que queria realizar o plebiscito junto às eleições de 2018, citou que a grande falha do Estado é a falta de um projeto para desenvolvimento do Rio Grande do Sul. “Faltam ações com articulação e concatenação, que motive a população e os empresários a se sentirem contemplados”, observou. De acordo com ele, o Brasil está exportando os jovens potenciais e ficando apenas com altos gastos com servidores inativos e aposentados. A solução, assim, é ajustar os gastos com previdência e pessoal inativo, além de incentivar a competitividade através de infraestrutura, redução da burocracia, educação e ajuste da carga tributária. 

Após as falas de 15 minutos, os candidatos responderam, em cinco minutos, perguntas falando sobre a participação jovem nas possibilidades de mudar, seguindo a mesma ordem do sorteio. No encerramento a presidente Simone Leite disse que a Federasul defende projetos para um Estado melhor. Citou a infraestrutura através de concessões e PPPs e destacou que os empreendedores querem menos burocracia para viabilizar investimentos e para sustentar os pilares de quem quer investir e ficar no Estado –  recado extensivo ao Executivo e ao Legislativo. Finalizou assegurando que a Federasul vai participar ativamente do debate político.

 

Nota da Federasul

A Federasul convidou algumas lideranças políticas e empresariais para um painel propositivo sobre a grave situação que passam os empreendedores.

Não é momento de discursos de intolerância às leis, desrespeito às instituições ou defesa de políticos condenados por corrupção.

O momento requer responsabilidade e honestidade intelectual de lideranças que comungam de valores de nossos associados para que juntos possamos tomar decisões.

PUBLICADO EM: 8 de junho de 2018