Presidente da ALRS participou de live promovida pela FEDERASUL na noite de quinta-feira. Encontro contou com a presença do médico Eduardo Neubarth, ex-presidente do CREMERS
Mais de cem dias já se passaram desde o primeiro sinal do coronavírus em solo brasileiro. E desde então, pouca coisa evoluiu positivamente no combate e controle da doença e em ações por parte do setor público. Para debater ações e alternativas para contornar essa grave crise econômico-sanitária, a FEDERASUL, através de sua fanpage promoveu novo debate dentro da campanha “Alternativas para superar a crise”. Os convidados, desta vez foram o presidente da Assembleia Legislativa, Ernani Polo e com o médico Eduardo Neubarth Trindade, presidente do Cremers. Também participaram os vice-presidentes Antonio Carlos Bacchieri Duarte (Infraestrutura); Rafael Goelzer (Integração) e Anderson Cardoso (Jurídico). A mediação foi da presidente da FEDERASUL, Simone Leite.
O chefe do Poder Legislativo cobrou que haja sempre “diálogo e proposições positivas”. Segundo Polo, que teve seu raciocínio acompanhado pelos participantes, a situação delicada requer mais alternativas para facilitar a vida da sociedade. Para ele “inúmeras pessoas estão tendo seus sonhos destruídos, visto que as empresas que construíram foram esfaceladas pela crise”, afirmou,
Nas questões de ações de contingências, Eduardo Neubarth, afirmou que “não é por meio de decretos que o vírus será combatido ou derrotado. As estratégias precisam ser modificadas e atualizadas constantemente”. O presidente do CREMERS não é a favor do lockdown e que ações tão rígidas já demonstraram pouca eficiência.
Para o vice-presidente de Infraestrura da FEDERASUL, Antonio Carlos Bacchieri, “os impactos do coronavírus só expuseram a falta de capacidade do Poder Público em gerir o sistema de saúde e investir em leitos e na aquisição/modernização de respiradores”, ilustrou. As metodologias utilizadas pelo Governo do Estado, na mensuração dos números do Plano de Distanciamento, foram criticadas e que, segundo Bacchieri, “é descabido e inadmissível que uma macrorregião ou grande cidade tenha suas atividades suspensas por que não tem UTI naquela cidade”. O vice-presidente, que foi acometido pela COVID-19, questionou a falta de organização do Estado e de municípios em melhor gerir e intercambiar informações que facilite a internação de casos mais graves em outra localidade.
O vice-presidente de Integração, Rafael Goelzer, alertou para ações como a que aconteceu no Estado de São Paulo, entre o Hospital Albert Einstein, gestor do Hospital de Campanha do Pacaembu e o Governo Paulista, que receberá do Sírio todos os equipamentos daquele espaço e que vão passar para o sistema público. Goelzer cobrou do Governo gaúcho uma ação parecida ou até mesmo com o próprio Estado de São Paulo, com o intuito de ter acesso a esses suprimentos.
Ao fim do encontro, o vice-presidente Anderson Cardoso, reconheceu o importante papel do presidente da ALRS e da sua preocupação com a retomada da economia. Anderson alertou que “maior tempo de paralisação da atividade produtiva trará danos gravosos e irreversíveis à economia, que já vem cambaleante há anos”, disse.