A Risavia 2015 começou nesta quarta-feira (2) e vai até amanhã (3), no Palácio Itamaraty, em Brasília. O evento é promovido pelo Mapa e pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA). Representantes de 36 países americanos participam da reunião para debater formas de harmonizar medidas sanitárias e fitossanitárias e ganhar competitividade no mercado global
Kátia Abreu afirmou, durante seu discurso, que “sanidade animal e vegetal não pode ter fronteiras”. Ela defendeu a harmonização de procedimentos de análise risco, a fim de padronizar o comportamento no combate a pragas e doenças e ampliar o comércio entre as nações. “Exigências diferentes de um país para o outro só dificultam a importação e a exportação.”
A harmonização da análise de risco, segundo a ministra, será um passo necessário para implementação de uma plataforma única de gestão agropecuária – ferramenta para controle de trânsito e de sanidade dos produtos – entre todos os países americanos.
Base de dados
“Podemos sonhar com uma plataforma única de dados e informações em tempo real sobre a origem e a saúde dos alimentos das Américas”, ressaltou Kátia Abreu. A ampla base de dados poderá disponibilizar ainda resultados de pesquisas e técnicas de manejo, com objetivo de ampliar e garantir a produção e a produtividade dos países.
O Brasil já tem a Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA), onde estão inseridos dados de produtos animais provenientes de 4 milhões de propriedades rurais. O próximo passo será cadastrar produtos de origem vegetal, de acordo com a ministra.
A PGA brasileira poderá contribuir para a plataforma única da América, observou a ministra, sugerindo que o rebanho bovino como primeiro item do novo sistema. “O Brasil não quer impor sua plataforma. Sabemos que outros países, como Uruguai, Argentina e Estados Unidos, também têm modelos interessantes. Vamos pegar as boas experiências e construir uma plataforma única.”
O diretor-geral do IICA, Victor M. Villalobos, também defendeu padronização de regras sanitárias e fitossanitárias como forma de garantir a segurança alimentar e o comércio entre países americanos. “Do ponto de vista estratégico, pragas e doenças não reconhecem fronteiras. Por isso, dificilmente teremos uma estratégica regional arrojada sem harmonizarmos as medidas”, disse.
Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento