Inovação e tecnologia combinadas com a ampliação das Parcerias Público-Privadas (PPPs) foram as promessas dos candidatos à Prefeitura de Porto Alegre, Nelson Marchezan Jr. e Sebastião Melo, feitas aos empresários que lotaram o Salão Nobre do Palácio do Comércio, nesta quarta-feira (19/10), durante o “Tá na Mesa” conjunto da Federasul e Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA). Enquanto Melo garantiu que não ter aumento de imposto e que pretende recuperar as dívidas em atraso por meio de refinanciamento, Marchezan assegurou que vai usar a transparência como ferramenta de combate à corrupção, ineficiência e aos privilégios.
Ambos os candidatos foram questionados pelo vice-presidente da Federasul, Eduardo Macluf, sobre o perfil dos gestores públicos na próxima administração municipal, pergunta complementada pelo presidente em exercício da ACPA, Raul Cohen, sugerindo que o prefeito eleito busque sugestões junto ao empresariado, especialmente no caso da Secretaria Municipal de Produção, Indústria e Comércio.
Melo entende que o secretariado precisa ter qualificações técnicas, mas sem “criminalizar” a classe política. O secretariado será um misto entre políticos e técnicos que conheçam as necessidades de Porto Alegre. Reafirmou o projeto de reduzir o tamanho da máquina pública em 30%. Marchezan assegurou que na composição de seu governo serão consideradas as sugestões de nomes vindas de partidos, sindicatos e de entidades de classe, mas que para integrar o governo será avaliada a capacidade e mantido o critério de ficha-limpa.
Para promover o empreendedorismo, Sebastião Melo comprometeu-se com um rearranjo da estrutura baseado na inovação tecnológica e fiscalização. Marchezan defendeu a desburocratização dos processos para que sejam garantidas respostas rápidas para a retomada do desenvolvimento da economia gaúcha.
Entre as perguntas sorteadas, uma cobrou a aplicação dos R$60 milhões repassados pelo Ministério do Turismo para a construção de um Centro de Convenções na Capital. A resposta veio de Melo, que defendeu a construção do novo equipamento no 4º Distrito, por meio de PPPs. “O local é ideal por estar entre o aeroporto e o Centro Histórico”, argumentou o candidato.
Em resposta a outra pergunta sorteada, Marchezan falou de seu projeto para a recuperação de calçamentos, ruas, sinalização e limpeza da cidade. Ele destacou a revitalização e iluminação de espaços como a Orla do Guaíba e o investimento em tecnologia e transparência para permitir ao cidadão fiscalizar os serviços públicos.
Macluf, da Federasul, lembrou que independente do eleito já no início de 2017 começarão as cobranças dos empresários para o novo prefeito. “Acreditamos no protagonismo das cidades e no dever da classe empresarial em colaborar com o futuro”, falou ele, ao acrescentar que a Federasul quer interagir e auxiliar nas decisões.
Ao avaliar o evento, Raul Cohen, da ACPA, disse que o trabalho da entidade é de ser a voz de Porto Alegre. “Nossos esforços são para detectar os problemas que prejudicam o desenvolvimento da cidade e do setor de comércio e serviços”, disse ele ao completar que “queremos também propor soluções”.