MBL assume a bandeira do Pacto Federativo

Vice-presidente Eduardo Macluf, presidente da Federasul Simone Leite, Kim Kataguiri e o vice-presidente, Rodrigo Sousa – Foto: Ivan Andrade

Vice-presidente Eduardo Macluf, presidente da Federasul Simone Leite, Kim Kataguiri e o vice-presidente, Rodrigo Sousa – Foto: Ivan Andrade

Ao definir o Movimento Brasil Livre (MBL) como um espaço suprapartidário, o coordenador Nacional Kim Kataguiri, disse que o governo precisa propor uma revisão do Pacto Federativo, seguida da Reforma Previdenciária, que segundo ele vai deixar o país endividado para as próximas gerações. “Os empresários também devem sair do silêncio e se fazerem ouvir. Chega de dizer amém ao governo”, provocou Kataguiri ao convocar os presentes a se integrarem na política institucional.

Depois de participar da primeira eleição à frente do MBL, apoiando candidatos a prefeito e vereadores em diversas cidades do Brasil, Kataguiri contou que a meta para 2018 é eleger 15 deputados federais e emprestar toda a mobilização promovida pelo Movimento a um candidato a presidente liberal, que esteja em sintonia com as propostas defendidas pelo grupo. “Ainda não temos um nome e nem um partido. Temos que aguardar para ver aqueles que sobreviverão a todas as etapas da Lava Jato”, pontuou.

O MBL quer chegar ao Congresso para também apresentar suas próprias propostas, apoiar algumas das já existentes, além de repudiar aquelas que possivelmente façam parte das discussões das reformas trabalhista, tributária e política. “Temos regras trabalhistas (CLT) retrógadas que estão deixando 11 milhões de brasileiros desempregados”, apontou. 

Entusiasmado com os resultados das mobilizações realizadas até o momento pelo MBL, Kataguiri convocou os empresários gaúchos a se juntarem em um movimento de pressão ao Senado Federal, à Câmara dos Deputados e ao Palácio do Planalto para aprovarem seus pleitos. “Vocês devem falar mais alto para serem ouvidos”, argumentou ele ao lado dos vice-presidentes da Federasul, Rodrigo de Sousa Costa e Eduardo Macluf.

Ambos os integrantes da entidade mediaram o debate da plateia com Kim Kataguiri e lembraram que a Federasul lidera o “Movimento Empresarial”. O projeto nasceu na atual gestão para devolver o protagonismo a cadeia produtiva gaúcha e incentiva a participação político-partidária. “Identificamos as demandas que causam o sufocamento da classe empresarial e queremos a nossa posição de destaque no cenário político”, disse Sousa. Ao agradecer a participação de Kim, a presidente da Federasul, Simone Leite, ressaltou que “hoje assistimos o entusiasmo de um jovem (Kim tem 20 anos) que coloca a sua energia em algo que é público e para as próximas gerações”.

PUBLICADO EM: 16 de novembro de 2016