Decretos estaduais foram criticados em evento da FEDERASUL
Os decretos de revisão de incentivos fiscais pautaram a segunda parte da 1ª Reunião de Integração, em Osório. Os empreendedores e líderes empresariais presentes mostraram os malefícios dos decretos de revisão de incentivos fiscais do governo do RS. O diretor da FEDERASUL Altair Toledo, fez uma apresentação sobre os impactos dessas medidas diretamente no bolso dos gaúchos.
Segundo ele, os decretos vão afetar desde o preço de aditivos agrícolas e erva-mate até alimentos básicos do dia a dia da população. “O governo do Estado tirou o arroz e feijão da cesta básica. Nós vamos pagar mais caro o pão francês, o leite e a carne”, criticou o diretor.
Rechaço aos decretos
O economista-chefe da FARSUL, Antônio da Luz, fez duras críticas aos decretos anunciados pelo governador Eduardo Leite. “Se o governador não retirá-los, nós podemos ter em vigor o maior ataque à economia gaúcha que eu já vi”, afirmou da Luz.
O presidente do Conselho de Acionistas da Dália Alimentos, Gilberto Antônio Piccinini, também criticou a medida, afirmando que o momento exige unidade entre os empresários. “Estes decretos são, no mínimo, imprudentes. Nós acreditamos no espaço para discutir, mas se estivermos separados, perderemos e muito. Afinal, o tempo corre contra nós”, afirmou Piccinini.
Já o vice-presidente do Grupo Peruzzo, Peruzzo Jr, salientou os impactos que a retirada de incentivos fiscais terão, não somente no preço dos alimentos, mas também na renda dos pequenos e médios produtores e das cooperativas que produzem para o setor supermercadista. Ele lembrou que essas pessoas nem puderam ainda se recuperar dos efeitos das tragédias climáticas que pararam ou prejudicaram a produção agrícola em várias partes do Estado. “São milhares e milhares de pequenos produtores que estão apavorados, sem renda, simplesmente sem atividade”
Voz dos Afiliados
Após, foi aberto espaço para as falas de vários líderes de ACI’s de todo o Estado. Eles expuseram suas pautas e posições sobre os desafios que enfrentam. A discussão durou cerca de duas horas.