Três cases de novos modelos de negócios foram apresentados durante o Tá na Mesa
O surgimento de uma nova economia com base tecnológica faz com que as empresas tenham de se reinventar para sobreviver no mundo corporativo. “As empresas ficam obsoletas mais rápido e as que se adaptarem ao novo cenário serão mais competitivas e terão mais chances de sobreviver”, afirmou Pedro Englert, CEO da StarSe. Ele, o diretor financeiro da Loggi, Grégoire Balasko Orélio, e o vice-presidente de TI da GetNet, Cristian Cavalheiro, participaram do talk show com mediação da jornalista Patrícia Knebel sobre novos modelos de negócios realizado durante a reunião-almoço da Federasul.
Englert afirmou que a cultura colaborativa precisa ser disseminada no Estado e no Brasil para que as empresas sejam mais competitivas. E fez uma indagação; “O que o Rio Grande do Sul e o Brasil fazem para se tornar competitivos no mundo?” Ele destacou que conhecimento, capital e rebeldia são os pilares das startups, mas enquanto a mentalidade não mudar, não será possível evoluir.
O vice-presidente da GetNet considera que o Brasil está vivendo a primeira onda de inovação tecnológica e a capacidade de se reinventar é o grande desafio. Com mais de 700 mil pontos de pagamento no País, a GetNet em Porto Alegre está retornando ao Tecnopuc e terá um grupo de 70 a 80 pessoas. Cavalheiro destacou que o modelo de gestão de pessoas também tem de mudar. “As coisas têm de ser mais simples para ser mais ágeis”, acrescentou.
O diretor financeiro da Loggi apontou que o mercado de logística para entregas expressas ainda é muito arcaico no Brasil e o crescimento do e-commerce está ligado à rapidez e segurança das entregas. Com sede em São Paulo, a Loggi faz mais de 50 mil entregas/dia no Brasil. A empresa atende também Rio, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre. Orélio adiantou que até julho a empresas lançará em Porto Alegre o Loggi Presto para entregas de restaurantes.
Os três executivos consideraram que os novos modelos de negócios precisam de ambientes favoráveis para o seu desenvolvimento, sem entraves burocráticos. “É difícil inovar em um cenário paralisado”, admitiu Englert, enquanto Cavalheiro salientou que as empresas brasileiras terão de inovar mais por necessidade do que por vocação. “O empreendedorismo brasileiro tem muito espaço para crescer”, acrescentou Orélio.
O vice-presidente da Federasul, Cesar Leite, que também participou do talk show, lembrou que é preciso melhorar as condições para empreender enfatizando que “o custo de não fazer é muito mais oneroso”.