Países investem cada vez mais em pesquisa e desenvolvimento porque tecnologia e inovação são estratégicos na economia mundial
A Lei Gaúcha de Inovação, aprovada recentemente pela Assembleia, foi comemorada pelo presidente da FEDERASUL, Anderson Trautman Cardoso, no Tá na Mesa, desta quarta (23) que ouviu o secretário de Estado da Inovação, Ciência e Tecnologia, Luis Lamb e o CEO da Nelogica Software, Marcos Bochetti. A nova lei ganha sintonia com o que pensa a entidade que tem trabalhado para ampliar o debate sobre inovação e transformação digital do Estado. “É uma política de Estado que reconhece os elementos de fomento ao desenvolvimento e à geração de riquezas”, disse o presidente.
Anderson Trautman Cardoso falou sobre a necessidade de integração entre os setores público e privado reconhecendo que o RS tem 15 parques tecnológicos, mais de mil startups e outras tantas incubadoras de negócios. “A busca constante pela atualização tecnológica nas empresas é uma necessidade, diante da mudança no comportamento das pessoas”. Ele citou o exemplo das compras online que passaram de 11%, antes da pandemia, para 31% em julho do ano passado, segundo pesquisa da Serasa Experian. “E continuarão crescendo”, disse.
Enfatizou que o novo modelo de “entregas”, requer plataformas de e-commerce ágeis e funcionais mas, principalmente, integração e formação profissional, itens abrangidos no universo da nova Lei Gaúcha de Inovação. “Para algumas empresas a inovação é algo inevitável, mas tem um grupo gigantesco de empresas no RS que está fora desta realidade”, lembrou.
Professor e aluno da UFRGS, Luis Lamb e Marcos Bochetti, são velhos conhecidos e compartilham das mesmas ideias de trabalhar pelo incentivo e valorizar a inovação. “Precisamos transformar o conhecimento em tecnologia para ter numa ferramenta efetiva de trabalho”, disse o secretário. “Estamos numa mudança na economia comparada com a revolução industrial”, comparou Lamb.
O secretário citou o exemplo da rodada de programas do Governo que vem incentivando projetos para acelerar o desenvolvimento em diversos setores econômicos e anunciou um novo edital nos mesmos termos. Falou também em projetos que incentivam a formação nas escolas incrementando o ensino da tecnologia e da lógica, promovendo a mudança de mentalidade.
Ao narrar as dificuldades que teve para viabilizar a Nelogica Software, Marcos Bochetti lembrou que hoje tudo começa com a visão das pessoas. “Tecnologia não pode ser percebida como algo inalcançável” disse. “São ferramentas que devem estar presentes em todas as empresas, independente de tamanho”.
Alertou para o analfabetismo digital dizendo que “vai cobrar um preço alto” e disse que “tecnologia ou traz desafios ou oportunidades”. A Nelogica é uma empresa que produz soluções no fornecimento de informações para o mercado financeiro através do desenvolvimento de softwares. 60% dos 500 colaboradores trabalham na produção de tecnologia.