Sete grandes redes de varejistas árabes irão participar de rodadas de negócios com empresas nacionais nos dias 01 e 02 de dezembro, na capital paulista. O interesse dos importadores é encontrar novos fornecedores brasileiros de alimentos e bebidas. Os encontros são promovidos pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
As redes participantes serão a Atraco (Arábia Saudita), Panda (Arábia Saudita), Lulu Group (Emirados Árabes Unidos), Hyper One (Egito), El Mahmal Group (Egito), Union of Consumer Cooperative Societies (Kuwait) e Groupex, dono da rede Marjane (Marrocos).
“Vamos ter empresas tradicionais e também novos players. Estamos tentando diversificar a pauta de exportadores”, destaca Michel Alaby, diretor-geral da Câmara Árabe sobre os participantes. As redes dos Emirados e da Arábia Saudita já participaram de outras rodadas no Brasil, enquanto os varejistas do Kuwait, Egito e Marrocos vêm pela primeira vez ao País para negociar.
Entre os produtos nos quais os árabes têm interesse estão carne, frango, legumes, frutas, hortaliças, sucos, café, açúcar, arroz, feijão, laticínios, macarrão, óleos, doces, chocolates, biscoitos, mel e cereais. “Eles querem encontrar fornecedores novos”, aponta Alaby, referindo-se ao interesse dos compradores em vir ao Brasil para negociações diretas.
Para o diretor-geral da Câmara Árabe, a alta do dólar frente ao real pode promover ainda mais os negócios entre as empresas brasileiras e os importadores árabes. “É uma possibilidade maior [de vendas]”, afirma o executivo.
Vale lembrar que em 2014 os países árabes importaram do mundo US$ 113,9 bilhões em alimentos e bebidas. Os principais produtos comprados por eles foram cereais, laticínios, carnes, gorduras vegetais, açúcares e frutas. Arábia Saudita, Emirados Árabes e Egito são os principais importadores de alimentos naquela região.
Além das rodadas de negócios, os importadores árabes participarão de visitas técnicas a uma certificadora de produtos halal e a um frigorífico. Ainda há vagas para a participação de empresas brasileiras nas rodadas. As companhias interessadas serão submetidas a uma avaliação prévia.
Fonte: Comex do Brasil