A Entidade critica a mudança de indicadores e defende a criação de um comitê para validação dos números e tomadas de decisões
No fim da tarde desta segunda-feira, a Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (FEDERASUL), reuniu-se com prefeitos das cidades mais impactadas com as novas regras do Plano de Distanciamento, que está em vigor há dois meses e que mudou regras de apuração dos indicadores que não condizem com a realidade.
A Federasul critica também a falta de diálogo. “O governo perde credibilidade quando muda as regras do jogo no meio da partida e toma decisões baseadas em números que não condizem com a realidade”, destaca a presidente Simone Leite que defende a criação de um comitê para validação dos números e tomadas de decisões.
Simone Leite, reafirmou que a entidade defende o funcionamento das atividades econômicas, com responsabilidade e , garantiu apoio aos prefeitos. “A FEDERASUL não está desprezando a vida humana, o que nos preocupa muito são os impactos econômicos, que já começam a refletir na vida dos gaúchos”, disse.
O vice-presidente, Rafael Goelzer, mediador da reunião, voltou a cobrar critérios baseados em evidências científicas e com visão macro. “É impossível que uma cidade com 59% da capacidade de UTIs ocupadas seja o motivo de restringir, ainda mais, a atividade econômica de uma região. Se esse é o entendimento do Governo, o Estado todo deve ser enquadrado na bandeira vermelha”, ilustrou.
Os prefeitos também expuseram que falta diálogo, por parte do Piratini, além da carência de ferramentas de audição e avaliação dos casos registrados no sistema da Secretaria da Saúde. A alteração das métricas do plano é vista pelos gestores como “leviana e generalista”.
Participaram do encontro os prefeitos Evandro Carlos Kuwer, São Marcos; Eduardo Bonotto, de São Borja; Ronaldo Boniatti, de Nova Pádua; Marcio Fonseca do Amaral, de Alegrete; Rossano Dotto Gonçalves, de São Gabriel e representando o prefeito de Santiago, Tiago Gorski, além do secretário de Desenvolvimento Econômico da cidade, Sadi Gionda. Debateram o assunto os presidentes de ACIs e CICs, e empresários das regiões atingidas pela bandeira vermelha.