Federasul expressa posicionamentos em Carta de Osório

foto3A primeira reunião de interiorização da Federasul, em Osório, neste final de semana, abriu os trabalhos da Divisão de Integração, ocasião em que a entidade aprovou um posicionamento que será validado por todo o interior contra qualquer iniciativa de aumento de impostos. Presidida pelo presidente da Federasul, Ricardo Russowsky e coordenada pela coordenadora da Divisão de Integração, Simone Leite, o encontro ouviu a manifestação dos vice-presidentes e diretores regionais da entidade.

Com o auditório lotado, a Associação Comercial e Industrial de Osório foi palco de manifestações retratadas na Carta de Osório (no anexo). Assuntos como as primeiras ações de governo, imposto de fronteira e o calendário de atividades para este ano, ocuparam boa parte da agenda. A vice-presidente Simone Leite enfatizou que os empresários estão preocupados com a estagnação da economia e com os escândalos de corrupção. “Existe um desânimo geral e muita preocupação com o ano de 2015. Identificamos que, de forma geral, os empresários vão demitir e cancelar investimentos”, projetou.

No âmbito estadual, foi reafirmada a necessidade do cumprimento da lei que elimina a cobrança do Imposto de Fronteira. Após discutir a possibilidade de apoiar projeto que reduz a alíquota de ICMS interna, os presentes entenderam a necessidade do cumprimento da lei já promulgada. “Esse assunto deveria ter sido discutido em 2013, antes da aprovação unânime dos deputados, agora o governo deve cumprir a lei, inclusive essa sendo uma promessa de campanha eleitoral”, cobrou a vice-presidente de integração.

O vice-presidente André Jobim, também participou da programação falando sobre a Câmara de Arbitragem. O próximo encontro da Vice-Presidência de Integração da Federasul será dia 18 de março em Porto Alegre, oportunidade em que o Governador Sartori será o palestrante do tradicional “Tá na Mesa”.

Conheça a carta de Osório:

Em reunião da FEDERASUL, realizada nas dependências da sede do Centro Empresarial de Osório, se fez surgir uma indignação da classe empresária, esta representada por diversas entidades do nosso Estado, com a constante elevação da carga tributária no Brasil.

A elevada tributação não vem acompanhada de políticas públicas eficientes, possibilitando investimentos e desenvolvimento no cenário nacional. A consequência é que o aumento da carga tributária sobre o segmento produtivo e da sociedade em geral causa prejuízo à economia, recursos que poderiam ser reinvestidos são colocados nas mãos do governo. Soma-se, a total complexidade do sistema de tributação – a burocracia – e ainda as inúmeras taxas, impostos, e contribuições.

A grande verdade, é que a população brasileira está pagando cada vez mais impostos. A reforma tributária, que tanto se espera, com o aumento da máquina pública torna-se cada vez mais distante, uma vez que a diminuição da arrecadação pode levar a um déficit público ainda maior e a descontinuidade de programas sociais que dependem da arrecadação contínua.

O que se pede e o que se espera é que haja uma ação firme e forte no sentido da simplificação efetiva dos procedimentos, assim como investimentos do setor público que tragam melhorias efetivas, erradicação da corrupção e uma melhor fiscalização dos recursos arrecadados e aplicados, e ainda, uma redução da carga tributária brasileira.

Osório, 06 de fevereiro de 2015.

Fotos: Bruna Fangueiro


Fonte:  Assessoria de imprensa

PUBLICADO EM: 29 de abril de 2015