Sentimento coletivo dos palestrantes do primeiro painel do Congresso da Federasul, cobraram maior austeridade nas contas públicas e maior participação da classe produtiva
Em sua décima quinta edição, o Congresso da Federasul, que acontece de 25 a 26 de outubro, em Gramado, recebeu na tarde desta sexta-feira, um time de peso formado por três importantes economistas do Rio Grande do Sul. Sob mediação do vice-presidente da Entidade, Fernando Marchet, o seminário sobre as perspectivas econômicas para o Brasil, ouviu Alexandre Barbosa, do Banco Sicredi; Igor Morais, da Vokin Investimentos e Antônio da Luz, do Sistema FARSUL. “A missão desse painel é fazer todos olharmos para frente e acreditar que 2020 será um ano positivo para a economia. E será!”, disse Marchet.
Para o economista do Banco Sicredi, Alexandre Barbosa, o País tem chances reais de reencontrar o crescimento econômico. De acordo com ele os ajustes nas contas e corte dos excessos pagos ao setor público devem continuar e que novas reformas é que vão proporcionar um ambiente de negócios mais sólido e juridicamente confiável. Tais ações podem proporcionar, conforme estudo apresentado por Barbosa, um crescimento de 4% no Produto Interno Bruto do Brasil. ”Não é possível que comprometamos ainda mais o PIB por causa da má gestão pública. Atualmente temos 79% de todas as riquezas do país constituem a dívida bruta do Brasil. Se nada for feito ou implementado, a bola de neve, de origem previdenciária, pode ser ainda maior. Já em 2020 esse número ultrapassa os 80%”, explicou.
“O Estado não está falido. O Governo é que está”. Foi assim que Igor Morais descreveu a situação do Rio Grande do Sul. Conforme estudos apresentados o Estado também terá um bom desempenho no próximo ano. A Região Sul é o principal polo de crescimento do Brasil, com destaque para o Paraná, que detém uma margem de crescimento de 6,4% no PIB regional e na sequencia, o RS, com 5,1%. “A perspectiva é que o Brasil cresça, o mundo desacelere e o Rio Grande do Sul tenha um desempenho menor que o Brasil”, disse Igor.
Na visão de Antônio da Luz, economista-chefe da FARSUL, os sucessivos erros administrativos causaram “um atraso econômico de 7 anos. Hoje faturamos o mesmo que em 2012”. Assim como os outros colegas de painel, a evolução econômica do País dar-se-á pelo processo de abertura econômica e estabilidade política e jurídica.