Reunião Regional ouviu presidentes de Entidades Empresariais e prefeitos das regiões Sul e Campanha/Centro Sul
A Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (FEDERASUL) promoveu mais uma edição de seu encontro semanal, a fim de ouvir demandas regionais e, também, mensurar os impactos da pandemia e da seca que atingem diretamente a pecuária e agricultura gaúcha.
A reunião, desta vez, reuniu lideranças das regiões sul e campanha/centro sul que ressaltaram que a estiagem, considerada uma das agudas das últimas décadas, prejudica mais a economia, já fragilizada por uma série de fatores anteriores à pandemia, do que o próprio impacto da COVID-19.
Outro importante tema abordado envolve a termoelétrica de Rio Grande, que na tarde de ontem (02/06), não obteve sua outorga renovada. De acordo com a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), há uma série de motivos para essa autorização não ser prorrogada, entre elas o atraso no cronograma de obras. A cifra de investimentos nesse projeto alcançava R$ 4 bilhões e era o único grande e mais importante aporte de investimentos da Região Sul.
Para o vice-presidente de Infraestrutura da Federasul, Antonio Carlos Bacchieri, a decisão da ANEEL é um duro golpe para a região. “A seca e a falta de investimentos em infraestrutura vão aplacar a economia local”. Neste sentido, sugeriu união entre os Poderes e estreitamento das relações com a classe produtiva. “Esse momento requer flexibilização, visto que a economia só se recupera com a geração de emprego. Não é momento de desperdiçar nenhum centavo”, afirmou.
A concessão de crédito também foi um dos destaques da reunião regional. Para a presidente da FEDERASUL, Simone Leite, “essa é uma pauta preferencial e que está sendo trabalhada com afinco pela Entidade. Estamos dialogando com bancos privados e representantes dos bancos públicos, a fim de que haja a facilitação do acesso ao crédito pelo empresário”, disse.
Simone também alertou que a impossibilidade de acesso à linhas de crédito irão prejudicar todos os atores envolvidos na economia, já que sem capital o empreendedor não terá como honrar suas obrigações legais, sejam de cunho trabalhista, fiscal e comercial.
Nessa mesma linha o vice-presidente de Integração, Rafael Goelzer, que mediador da reunião, afirmou que “os bancos precisam se sensibilizar com essa situação crítica. O Ministério Público de SC está fazendo um trabalho que visa fiscalizar a conduta de instituições financeiras naquele Estado”, ilustrou. Na visão de prefeitos e lideranças a região clama por fomento e estímulo à agricultura, pecuária e infraestrutura logística.