William Zimmern, responsável pelos estudos da petrolífera britânica, disse que desde 1975 isso não ocorria.
“Os EUA registraram o maior crescimento em nível mundial na produção de petróleo, tornando-se o primeiro país a aumentar a produção em pelo menos 1 milhão de barris por dia durante três anos consecutivos e assumindo o lugar da Arábia Saudita como maior produtor do mundo”, adiantou.
Essa alteração teve efeito nos preços do petróleo, bem como uma mudança da ordem econômica global, isso porque os Estados Unidos “já não são o maior importador de energia, sendo atualmente a China”, disse William Zimmern.
Com a Europa recuando no consumo do petróleo, devido à contração econômica e os Estados Unidos importando cada vez menos petróleo e gás, a produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) manteve-se inalterada e a participação do cartel na produção global caiu para 41%, o nível mais baixo desde 2003″, observou o estudo.
Em termos globais, o crescimento da produção de petróleo no ano passado “foi mais que o dobro do consumo mundial, com aumento de 2.1 milhões de barris diários, ou seja, 2,3%”, mostra o estudo, acrescentando que, “à execeção do carvão”, registrou-se em 2014 “um aumento na produção de todos os combustíveis”.
Do ponto de vista do consumo, todas as energias cresceram 0,9% em 2014, “uma forte desaceleração em relação a 2013 (mais 2%), bem abaixo da média de 2,1% dos últimos dez anos, apesar de o crescimento económico ter sido semelhante a 2013”.
O petróleo permaneceu como o combustível líder no mundo, com 32,6% do consumo global de energia, mas perdeu cota de mercado pelo 15º ano consecutivo.
Quanto à evolução dos preços da energia em 2014 “foi, em geral, fraca, com os preços do petróleo e do carvão caindo globalmente”, sendo que o preço do barril de petróleo do Mar do Norte (Brent), de referência para Portugal, “situou-se em uma média de US$ 98,95 por barril, com queda de US$ 9,17 por barril em relação ao nível de 2013.
Fonte: Agência Brasil