Os presidentes da FEDERASUL, Simone Leite, da FECOMÉRCIO, Luiz Carlos Bohn e Gilberto Petry, da FIERGS, oficializaram ao Palácio Piratini, por meio de um oficio redigido entre as Entidades, e entregue ao governador, Eduardo Leite, que solicita a reavaliação dos protocolos de funcionamento das atividades econômicas do Plano de Distanciamento Controlado, em vigor no Rio Grande do Sul desde maio.
Durante o encontro, as três federações atualizaram o governador sobre as dificuldades dos empresários dos setores que representam. Os dirigentes reforçaram que as atuais regram estão proporcionando o fechamento de muitas empresas e salientaram as consequências que isso implica, principalmente nos cofres do Estado.
O documento entregue ao governador traz um número alarmante: no Rio Grande do Sul, entre março e maio, mais 120 mil postos de trabalho foram destruídos, mesmo com os mecanismos que permitem a suspensão ou flexibilização de contratos. Além disso, as Entidades afirmaram que o objetivo do plano imposto pelo governo, que é a preservação de vidas, não impede que se considerem medidas ponderadas.
“Apoiamos a concepção de calibrar protocolos conforme o risco específico de esgotamento da capacidade hospitalar de cada região do estado. As empresas gaúchas vêm aplicando protocolos de segurança rigorosos tanto aqueles obrigatórios pelo Plano quanto outros adicionais, como a utilização de EPIs, o distanciamento interpessoal, o controle de fluxo de pessoas, os limites de capacidade e a higienização constante, que minimizam muito a circulação do vírus causador da pandemia em seus ambientes”, explica o documento.
Outra observação mostrada ao governo é a inexistência de evidências de que o aumento recente de internações por Covid-19 estejam ligadas a circulação de pessoas em estabelecimentos empresariais. Aos presidentes, o governador disse entender as demandas e se solidariza com as dificuldades econômicas que as empresas vêm enfrentando nesse momento de pandemia. Segundo ele, o RS entrou em um período de linearidade da transmissão da doença e que nesta primeira quinzena de julho, a evolução da doença será ainda analisada antes dos próximos passos serem dados.
Em caso positivo, as regras pleiteadas pelas Federações passam a vigorar a partir de terça-feira (7), decorrente da atualização das bandeiras macrorregionais, previstas para ser divulgada na tarde desta sexta-feira (03) e que possui um espaço de 48 horas para vigorar, período para que gestores públicos e associações de municípios interponham recursos ao Governo do Estado sobre as modificações.