Painel promovido pelo SINFAC RS reuniu ANFAC, FECOMÉRCIO e FEDERASUL que cobraram ampliação do crédito às empresas.
O SINFAC (Sindicato das Sociedades de Fomento Mercantil – Factoring do Estado do Rio Grande do Sul) reuniu importantes representações empresariais em um live na noite de terça-feira (28). Para a Instituição, que representa todas as empresas que atuam no segmento de fomento comercial, Securitizadoras de Recebíveis Empresariais, financeiros, Agronegócios e Imobiliários e Consultorias Especializadas em Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios, a retomada da economia brasileira está diretamente atrelada na criação de um vultoso, amplo e abrangente programa de concessão de crédito.
Para o presidente do SINFAC, Marcio Henrique Vincenti Aguilar”inúmeras são as Instituições que, por meio de peças publicitárias, demonstram que estão dispostas a ajudar nesse momento sem precedentes, porém, quando concedido o crédito, pagamos por juros de “tempos normais. Defendemos um plano que se baseie na casa de 5% de juros anuais, equivalente a SELIC+1,25%”, disse.
A FECOMÉRCIO, representada por Luiz Carlos Bohn, presidente da Entidade, afirmou que, apenas no RS, mais de 100 mil empresas poderão encerrar suas atividades e uma redução 500 mil postos de trabalho.”Defendemos protocolos próprios e que visem a segurança sanitária, mas também a retomada econômica. Nosso plano é o de manter 30% do comércio ativo, sempre seguindo as normas técnicas de cada nicho do varejo”, afirmou o presidente da FECOMÉRCIO, que estima recuperação, proporcional a janeiro de 2020, do setor de turismo na Serra Gaúcha apenas em janeiro de 2021.
Para a presidente da FEDERASUL, Simone Leite, a pandemia é a “guerra” contra o inimigo invisível. Falta de previsibilidade e “sacrifício” por parte dos demais Poderes, além do Executivo, faz-se necessário nesse momento.”O governo cobra da classe produtiva para que priorizamos a vida humana e depois o negócio. Mas e quando ele [governo] pede mais tempo, restringe mais e amplia a já defasada quarentena, não se dá conta que gaúchos e gaúchas já não tem o que comer? Isso é priorizar vidas?, cobrou Simone.
Além disso, ela defendeu a ampliação do acesso ao crédito e alertou: ”gastos desenfreados, queda na arrecadação de tributos e um sistema de saúde colapsado, hão de contribuir para elevação da inflação e da inadimplência”, disse.
Seguindo o raciocínio de Simone, o presidente da FECOMÉRCIO disse:”exigiram o fechamento do comércio, mas esqueceram que toda a ação tem uma reação. Portas fechadas significa queda na arrecadação.Por isso defendemos uma ampliação do sacrifício, não apenas sob o empresário e a população em geral, mas no funcionalismo público de todos os Poderes, principalmente onde se encontra os maiores salários”, disse Bohn.
Na visão da ANFAC (Associação Nacional do Fomento Comercial) a esperança, segundo seu presidente, Luiz Lemos Leite, estão vinculadas ao PRONAMPE (PL 1282), que corre risco de ser vetado pelo presidente Jair Bolsonaro, por questões de instabilidade política. Para Lemos “essa é um crise sem precedentes. A retomada está vinculada, em grande parte, no respeito aos protocolos sanitários e da conscientização coletiva. Temos de ter serenidade e nada de pânico”. Simone Leite afirmou que é necessário o bom senso coletivo e a implementação da etiqueta social e respiratória.
A FEDERASUL, em parceria com o Instituto Mix, estão promovendo um curso gratuito de cuidados e prevenção ao COVID-19, às associadas da Entidade.
Assim como a FECOMÉRCIO disponibilizou protocolos individuais para todo o setor ao qual ela representa.