Entidade Internacional sugere revisão da lei de Recuperação Judicial

Presidente da Turnaround Management Association, Renato Franco. Foto: Itamar Aguiar/Agencia Freelancer/Federasul/Divulgac‹o.

Presidente da Turnaround Management Association, Renato Franco. Foto: Itamar Aguiar/Agencia Freelancer/Federasul/Divulgac‹o.

 

A revisão da Lei da Recuperação Judicial, em vigor desde 2005, foi defendida pelo presidente da Turnaround Management Association, Renato Franco, durante o Meeting Jurídico da Federasul, nesta quinta-feira (30/06). No seu entendimento as regras devem garantir mais segurança jurídica aos credores e assim facilitar a injeção de recursos nas empresas que enfrentam dificuldade. “O grande desafio é gerar caixa, o que se torna difícil, pois 60% das modalidades de crédito existentes estão nas mãos de poucos bancos”, disse o convidado ao argumentar que no Brasil é arriscada a concessão de financiamento para empresas em Recuperação.

A combinação da imprevisibilidade da economia com a dificuldade de organização do fluxo de caixa tem levado muitas empresas a seguirem o caminho da recuperação judicial. O recurso não é mais tão exclusivo dos pequenos negócios. As grandes companhias também começam a engrossar a lista daquelas que pedem prazo para replanejar os seus sistemas financeiros e operacionais. Ao apresentar o processo lógico da Recuperação Judicial, Renato Franco ressaltou que o número de empresas que estão utilizando o recurso já ultrapassou o patamar aceitável. E alertou que para reverter a situação será preciso mais dois anos para recompor os credores e acionistas e voltar a ter uma geração de caixa. “O grande fato relevante é as empresas conseguirem superar as dificuldades e saírem da Recuperação Judicial antes do prazo previsto”, concluiu. 

 

PUBLICADO EM: 30 de junho de 2016