Às 9h20, a moeda operava em alta e avançava 1,18%, aos R$ 4,024, na máxima. Esta é a maior cotação desde a criação do real, em 1994. Até hoje, o dólar só havia se aproximado desse patamar em 10 de outubro de 2002, quando fechou cotado a R$ 3,99, às vésperas da primeira eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No radar do mercado financeiro está a visita da agência de classificação de risco Fitch – técnicos têm agenda com o ministro da Fazenda Joaquim Levy, em Brasília, para avaliar a situação econômica do País. Rumores de um novo rebaixamento da nota de crédito do Brasil já fizeram o dólar acelerar na sexta-feira, quando a moeda fechou a R$ 3,95.
Atualmente, a classificação do Brasil pela Fitch é BBB, com perspectiva negativa. Nesse patamar, a nota de crédito do País está dois níveis acima do temido grau especulativo, rótulo dado a países em que é mais arriscado investir, na visão das principais agências. Pela classificação da Standard & Poor’s, o Brasil já pertence a esse grupo.
Sem o grau de investimento (uma espécie de selo de bom pagador), os financiamentos ficam mais caros, uma vez que a desconfiança do mercado aumenta. Além disso, fundos estrangeiros exigem o grau de investimento de pelo menos duas agências para aplicar recursos em outros países.
Fonte: Estadão