Ampliar o conhecimento sobre ESG (ações que definem se uma empresa ou instituição é socialmente consciente, sustentável e corretamente gerenciada) e como aplicá-lo no dia a dia é um dos propósitos do Núcleo de Empreendedoras da ACIST-SL. E esta foi a pauta principal da reunião desta quarta-feira, (28). Conforme Hellen Fogaça, gestora do Grupo de Trabalho ESG, o foco do encontro foi debater aspectos sobre a diversidade e a inclusão, assunto que merece muita atenção junto às lideranças das empresas que atuam nas estratégias de gestão, o “G” da sigla ESG.
Para falar sobre o tema, foi convidada a psicóloga e pesquisadora Bárbara Lucas, que integra o Núcleo de Estudos de Diversidade e Inclusão da Instituição Evangélica de Novo Hamburgo – IENH. Segundo ela, a diversidade e inclusão são temas muito importantes que devem ser tratados independentemente do porte das companhias. “As empresas de uma pessoa só podem adotar políticas de diversidade, elaborando, por exemplo, um manifesto onde comunicam as suas posturas diante deste tema”.
Bárbara destacou que os ganhos financeiros de empresas que adotam as práticas de D & I são muitos, a começar pela inovação e criatividade. “Os diversos olhares sobre um desafio permite o surgimento de soluções mais criativas e eficazes”. A atração e retenção de talentos é outro resultado positivo, além de aumentar a performance em relação à concorrência.
Mas para que estes resultados aconteçam, Bárbara aconselha que os temas sejam estudados com profundidade e que o interesse seja genuíno. Segundo a pesquisadora, há seis tipos de diversidade: raça e etnia; gênero, geracional, neurodiversidade/PCD, religiosa e LGBTQIAPN+. “Os grupos minoritários não têm obrigação de ensinar aos demais. O fluxo é inverso. É preciso mais informações, fazer aliados, quebrar as bolhas e ouvir outras vozes, cores e ideias”, pontua.
Ela aponta que as empresas podem iniciar com processos simples, como incluir o tema no seu posicionamento estratégico, elaborar um código de conduta, promover ações para comunicar esta cultura, buscar boas práticas e adaptar a sua estrutura física, a exemplo de rampas, barras de segurança e sinalização. “Temos que pensar que não somente os colaboradores cadeirantes que acessam o espaço físico das empresas. Idosos, funcionários e visitantes também podem ter restrições de mobilidade”, exemplifica.
A pesquisadora concluiu sua fala utilizando o exemplo de um par de sapatos:
Igualdade é: todo mundo receber exatamente o mesmo par de sapatos;
Diversidade é: reconhecer que existem diferentes tipos de sapatos;
Equidade é: todo mundo receber um par de sapatos adequado para o seu pé
Acessibilidade é: ter sapatos ou alternativas confortáveis de acordo com a necessidade;
Inclusão é: sentir-se uma pessoa valorizada independente de usar ou não sapatos;
Pertencimento é: aparecer com ou sem sapatos, sem medo de julgamentos.