O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Pepe Vargas, e mais oito parlamentares, líderes de bancada e representantes de partidos

O presidente da FEDERASUL, Rodrigo Sousa Costa, valorizou a convergências em meio a debates acirrados, destacando a necessidade de unir diferentes ideologias políticas em prol de objetivos comuns. Costa lembrou que a FEDERASUL defende valores como empreendedorismo e liberdade econômica, e observou que muitos avanços no Rio Grande do Sul foram possíveis graças a essa colaboração suprapartidária, citando como exemplo a conquista em manter a carga tributária em 17%.
“Nessa casa conseguimos aparar as arestas e enxergar qual é a agenda que nos une. Quais são as nossas convergências?” O presidente da FEDERASUL finalizou afirmando que grandes debates estão por vir e que, para encaminhar soluções, será necessário um debate respeitoso entre adversários ideológicos. O objetivo é superar divisões e construir um futuro mais racional e colaborativo, especialmente diante dos desafios climáticos e sociais enfrentados.
O presidente da Assembleia Legislativa, Pepe Vargas (PT), observou que o RS “vem perdendo peso no cenário econômico nacional”, lembrando que houve queda na contribuição do PIB nacional de 7% nos anos 2000 para os atuais 6%. Pepe considerou que o Estado tem “uma agricultura pujante e uma economia que tem toda a capacidade de se reerguer”, e que um dos grandes problemas para esse crescimento ocorre nas mudanças climáticas, que “traz desafios extraordinários”. Pepe Varga considerou a necessidade de políticas públicas mais diversas e uma transição energética justa. Ele também observou que existem oportunidades vindas dos desafios e citou as possibilidades de novos investimentos e de recursos humanos.
O professor Bonatto (PSDB) ressaltou a necessidade de consolidar um novo ambiente de desenvolvimento com um conjunto de ações que apontem caminhos e identifiquem as principais necessidades. “O espaço do debate e os posicionamentos antagônicos são ricos”, considerou, afirmando que um dos grandes desafios é uma reconstrução moderna e eficiente.
Na sua fala, o deputado Aloísio Classmann (UNIÃO) considerou a necessidade de alinhar as políticas públicas. Classmann destacou que a agricultura representa 40% do PIB gaúcho e é necessário buscar alternativas para o endividamento dos agricultores. Ele observou que muitos agricultores foram incentivados a buscar financiamentos para a troca de maquinários e que as mudanças climáticas causaram grandes prejuízos, além da redução dos preços das sacas.
“A agenda econômica global está mudando”, essa foi a fase inicial do professor Cláudio Branchieri, que considerou que a agenda principal do Rio Grande do Sul deveria ser a retomada do protagonismo da iniciativa privada. Ele lembrou as empresas que saíram do RS para os estados vizinhos e a necessidade de criar inovação e ter uma gestão com mais investimento.
A convergência em meio às divergências foi destacada na fala do deputado Eduardo Loureiro (PDT). “Para superar os grandes e complexos problemas, devemos colocar o interesse da sociedade em primeiro lugar”. Loureiro destacou a importância de trabalhar a prevenção para os efeitos dos eventos climáticos e lembrou que a questão da agricultura gaúcha é urgente, e que enfrenta um ciclo de muitos prejuízos.
Gustavo Victorino (Republicanos) considerou que a busca por componentes técnicos deve prevalecer nas soluções para a reconstrução do Estado, destacando a importância de um processo estruturante. E que um novo debate e revisão sobre o pacto federativo é tema essencial nesta nova de reconstrução do RS. Com uma solução onde a economia gerada pelo Estado é reaplicada.
O deputado Luciano Silveira (MDB) lembrou que as adaptações começaram na pandemia. “Nós tivemos que nos readaptar o nosso modo de ser e fazer o nosso negócio.” Considerou a necessidade de definir modelos de soluções possíveis que cheguem rapidamente aos agricultores, e a urgência de debater a energia elétrica e o saneamento básico.
Marcos Vinícius sublinhou que a maioria dos projetos aprovados na Assembleia Legislativa gaúcha é por unanimidade, o que demonstra “maturidade política”. O deputado considera que a chave para um novo marco político depende de uma reformulação no pacto federativo.
Paparico Bacchi lembrou da necessidade de avançar na mineração, na exploração de ouro, no carvão mineral e na produção de fertilizantes, além da possibilidade de implantar uma fábrica de ureia no RS. O deputado também destacou a necessidade de debater os pedágios nas rodovias do RS e ampliar esse tema para uma abordagem nacional.
PUBLICADO EM: 2 de abril de 2025