“Hoje, segundo as nossas estimativas, é que o Brasil precisa convergir ao chamado resultado fiscal primário de cerca de 2% do PIB. Hoje, infelizmente, nós temos um déficit primário. Precisamos convergir para 2% do PIB para manter a estabilidade fiscal e condições normais de taxa de juros e taxas de crescimento”, disse.
Barbosa e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, entregaram na última segunda-feira (31) ao Congresso Nacional a proposta do Orçamento Geral da União para 2016. O texto prevê déficit primário para o próximo ano de R$ 30,5 bilhões, o que corresponde a 0,5% do PIB do País. Em julho, o governo reduziu a meta de superávit primário de 2015 de 1,1% do PIB para 0,15% do PIB.
Segundo Barbosa, a forma para atingir o resultado de 2% do PIB passa por uma reflexão sobre as escolhas da sociedade e quais serviços e atividades o Estado deve prover e como devem ser financiadas. “Então, o debate do ajuste fiscal, influencia sim o debate do papel do Estado, mas é apenas uma parte do debate do papel do Estado. O debate fundamental no Brasil e em outras democracias avançadas hoje é qual deve ser o papel do Estado nessa sociedade do século 21”, disse.
Fonte: Agência Anba