Com a presença dos ministros de Relações Exteriores, Mauro Vieira, da Fazenda, Joaquim Levy, e do secretário-geral da OCDE, Angel Gurría, o Brasil assinará no fim da tarde de terça-feira, 2, durante o fórum anual da entidade, o “Acordo Marco de Cooperação com a OCDE”. O texto que aprofundará o relacionamento começou a ser discutido oficialmente em abril, segundo informou ao Broadcast um integrante do governo que acompanha o tema, mas pediu anonimato.
O documento vai estabelecer a base jurídica para o relacionamento entre o País e a OCDE e prevê, entre outros temas, detalhes sobre como serão feitas futuras contribuições financeiras do governo brasileiro à entidade. Na esfera econômica e diplomática, os dois meses de debate para o texto final são exaltados pela rapidez. Para diplomatas, a assinatura do acordo é entendida como o mais importante passo dado pelo Brasil rumo à futura adesão. Para a equipe econômica, há expectativa de que seja entendida como um movimento “amigável ao mercado”.
Grupo dos ricos
Apesar do interesse da OCDE em atrair o Brasil, certas áreas da diplomacia e do governo brasileiro mantinham distância da entidade, entre outras razões, pela leitura de que a organização era um “grupo dos ricos”.
Mesmo que com essa cautela, o Brasil se aproximou. Na educação, por exemplo, o País é o único não membro da OCDE no conselho do Programa Internacional de Avaliação de Alunos, o Pisa. Em Brasília, o principal argumento para a aproximação é que a OCDE está alinhada com o discurso de que o Brasil precisa melhorar o ambiente de negócios. A entidade estuda e incentiva políticas para o aumento da eficiência dos gastos públicos, da produtividade e da qualificação dos trabalhadores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: R7 Economia