O Xangai Composto, o principal índice acionário chinês, caiu 2%, encerrando o pregão a 3.038,14 pontos, enquanto o Shenzhen Composto, de menor abrangência, recuou 1,5%, a 1.711,71 pontos.
O mau humor se instalou na Ásia após os mercados acionários de Nova York fecharem ontem com quedas que variaram de 1,9% a 3% em reação a um novo indicador fraco da China. O lucro do setor industrial do gigante asiático sofreu uma queda anual de 8,8% em agosto, a maior desde outubro de 2011, segundo o escritório de estatísticas chinês.
Amanhã, os investidores vão ficar atentos a índices da atividade manufatureira chinesa, que atingiram mínimas em vários anos nas últimas leituras.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng voltou do feriado de ontem com expressiva queda de 2,97%, a 20.556,60 pontos, em parte influenciado pelas ações locais da Glencore, que despencaram mais de 29% em meio a temores causados pelo endividamento da mineradora anglo-suíça.
“O tombo da Glencore gerou o receio de que não veremos melhora nos preços das commodities no curto prazo”, comentou Bernard Aw, estrategista de mercado da IG.
A tendência de fraqueza do petróleo também afetou grandes empresas do setor negociadas em Hong Kong, com as ações de todas exibindo perdas superiores a 5% hoje.
O sentimento negativo nos mercados asiáticos prevaleceu apesar de a China ter aprovado mais uma série de projetos de infraestrutura, no valor de 650 bilhões de yuans (US$ 102,1 bilhões) para estimular a economia. Segundo analistas, é preciso tempo para que os investidores recuperem a confiança.
Em Taiwan, a bolsa não operou devido ao tufão Dujuan. Já o mercado sul-coreano ficou fechado pelo segundo dia consecutivo em função de um feriado.
Na Oceania, a Bolsa de Sydney foi igualmente afetada pelas preocupações com a China, maior parceiro comercial da Austrália, e fechou no menor patamar em dois anos. O S&P/ASX 200 caiu 3,8%, a 4.918,40 pontos. Desde o pico em sete anos atingido em abril, o índice australiano acumula desvalorização de 18%.
Fonte: Jornal do Comércio