As práticas de sustentabilidade ampliam os negócios

Foi o que contou o diretor-geral da CMPC, Mauricio Harger, no Tá na Mesa

   O diretor-geral da CMPC no Brasil, Maurício Harger, apresentou no Tá na Mesa da FFEDERASUL desta quarta-feira (25), o projeto BioCMPC que prevê investimentos de R$ 2,75 bilhões em sustentabilidade e modernização operacional até novembro do próximo ano. “Este é o maior investimento em ESG (sigla em inglês para governança ambiental, social e corporativa) na história do Rio Grande do Sul”, afirmou o dirigente ao acrescentar que a empresa chilena, que produz celulose no RS, é reconhecida como a 2ª empresa florestal mais sustentável do mundo. Além de programas que vão gerar impacto positivo na região, o investimento levará a um incremento de 18% na capacidade de produção da empresa.

    Ao apresentar o convidado, o presidente da FEDERASUL, Anderson Trautmann Cardoso, lembrou que durante muito tempo existia uma dicotomia entre sustentabilidade e empreendedorismo, entre o cuidado com o meio ambiente e a lucratividade das empresas. E que hoje é possível pensar em preservação ambiental ao mesmo tempo em que se busca o desenvolvimento. “Mais do que conciliar crescimento com sustentabilidade, passamos a considerar a sustentabilidade como um ativo impulsionador do crescimento e da lucratividade”, disse o presidente.  

   Ao abordar o tema “A influência da sustentabilidade nos negócios”, Maurício Harger, explicou que desde 2019 o grupo chileno CMPC assumiu metas de sustentabilidade em nível global. Esse compromisso estabelece que até 2025 a empresa deve diminuir em 25% o uso de água nos processos industriais e ser uma companhia com zero resíduo em aterros sanitários. Também são objetivos da CMPC que até 2030 haja a redução de 50% das emissões de gases causadores de efeito estufa e ocorra o acréscimo de novos 100 mil hectares de área de conservação.

   Disse que 90% dos investidores dão importância ao desempenho ESG nas estratégias de investimento e tomadas de decisões e que 86% deles acreditam que uma empresa com um forte programa e desempenho ESG tem impacto significativo nas recomendações.

   Destacou que 83% dos consumidores acham que as empresas devem alinhar seus investimentos a práticas de sustentabilidade. E que a pandemia deixou como legado a capacidade das empresas em cooperar para a solução de problemas reais da sociedade.

   Maurício Harger argumentou que a sustentabilidade precisa ser pensada no dia a dia e nas decisões de longo prazo, buscando sempre fazer o melhor para a sociedade. Com essa visão, explicou que a empresa está investindo em startups que atuam no desenvolvimento de iniciativas que tragam modernidade aos processos. Como exemplo citou a busca, no momento, por uma startup que traga solução na área de logística do transporte rodoviário.

 

 

 

 

PUBLICADO EM: 25 de maio de 2022