Foi o que disse, no Tá na Mesa, o reitor da UNISINOS que lamentou o corte de investimentos na ciência
A nova economia agrega a inovação e requer fortes estímulos na educação. “A saída para o Brasil é a educação”, disse o padre Marcelo Fernandes de Aquino, reitor da UNISINOS, convidado do Tá na Mesa, da FEDERASUL, nesta quarta (13). Ele falou sobre “Cidadãos em tempo de transição” e mostrou as várias frentes de evolução que ainda estão sem resposta no Brasil.
Um delas, por exemplo, está no campo da educação. “O Brasil não tem mudando de modo acelerado’. Ele lembrou que muitas profissões estão deixando de existir e outras sendo apresentadas para atender as necessidades sem a devida preparação de mão de obra.
O padre Marcelo também destacou que o grande desafio que se coloca é encontrar um caminho adequado para que a sociedade entre na questão digital. Ele lamentou a redução dos investimentos na ciência, anunciados recentemente pelo governo e desabafou lembrando que deve ter algo conosco que nos impede de construir nosso futuro. “Assim ficamos fora dos arranjos globais e de construção do conhecimento”, concluiu.
Citou como risco da redução dos investimentos o possível aumento das desigualdades mas também disse que pode significar a oportunidade de construir a igualdade. Enfatizou a importância do modelo mental que permita ao País fazer a transição de uma estrutura de serviços onde todos olham para o bem comum.
Ao apresentar o padre Marcelo, na abertura do Tá na Mesa, o presidente da FEDERASUL, Anderson Trautman Cardoso, lembrou a importância dada pela entidade ao tema inovação e disse que a UNISINOS é um exemplo a ser seguido. “Estamos na travessia de uma sociedade analógica para a digital”, justificou.
Ao lembrar, filosoficamente, que os humanos são “ambíguos” o padre Marcelo enfatizou a importância de uma visão holística que complementa e concluiu sua palestra com um tom de esperança: “creio que a humanidade é sábia”.