A avaliação é do ministro da Indústria, Comércio e Inovação da Suécia, Mikael Damberg, que participou nesta quarta-feira (20) de um seminário sobre cooperação industrial na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), como parte de uma missão no Brasil. Ele deve ainda cumprir agenda em Brasília hoje (21), em esforço de estreitar a relação de comércio bilateral.
“Vemos com bons olhos os progressos nas negociações entre UE e Mercosul, que já ocorrem há muito tempo. Esperamos que as negociações possam ser finalizadas assim que possível”, disse.
Em fevereiro deste ano, a Alemanha também manifestou seu apoio à aceleração das negociações entre os dois blocos. Durante visita ao Brasil, o ministro do Exterior alemão, Frank-Walter Steinmeier, afirmou o interesse do país na conclusão do acordo, que agora depende de um parecer da liderança da UE.
Ministro Mikael Damberg: “Gostaria de discutir como podemos remover barreiras”. Foto: Helcio Nagamine/Fiesp
Ainda durante o seminário “Cooperação Industrial Brasil-Suécia”, organizado pelo Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Derex) da Fiesp, o ministro sueco Damberg manifestou seu desejo em “remover barreiras comerciais” entre a Suécia e o Brasil.
“Gostaria de discutir como podemos remover barreiras e elevar o comércio bilateral, o que é uma necessidade para a cooperação industrial de longo prazo”, disse Damberg ao citar três áreas de interesse por parte do governo sueco: aeronáutica, mineração e bioeconomia.
Também participaram do encontro o vice-presidente da Fiesp Josué Christiano Gomes da Silva e o embaixador da Suécia, Per-Arne Hjelmborn.
O ministro Mikael Damberg está em missão no Brasil acompanhado de uma delegação de pelo menos 50 empresários e autoridades suecas.
Comércio Brasil e Suécia
A balança comercial com a Suécia foi deficitária para o Brasil nos últimos anos, registrando um déficit de US$ 1,1 bilhão em 2014, resultado de exportações suecas no total de US$ 1,622 bilhão e vendas brasileiras no montante de US$ 493 milhões.
Este ano, no período janeiro/abril, a balança segue favorável à Suécia, apesar de as exportações brasileiras terem aumentado 34,58% para US$ 185 milhões e de as vendas suecas terem retraído 24,39% para US$ 408 milhões, a Suécia já acumula neste ano um superávit de US$ 222 milhões.
O Brasil exporta principalmente minério, com 26,7% da pauta, café (24,5%) e ferro fundido (9,9%) para o parceiro sueco. Em relação às importações brasileiras, a pauta se concentra em máquinas, com 34,3%, e veículos, com 21,4% do total importado.
Fonte: Comex do Brasil (*) Com informações da Fiesp