O foco da Microsoft Brasil, apresentado pela presidente, Paula Bellizia, no Tá na Mesa, é empoderar pessoas e corporações a partir da transformação digital
Desenvolver tecnologia para oportunizar a inovação e a modernização de outras empresas é a nova missão da Microsoft Brasil. Voltada ao incentivo ao empreendedorismo e à educação, a visão da presidente do grupo, Paula Bellizia, é democratizar o uso da nuvem e da inteligência artificial para impulsionar o mercado global. Essa intenção foi apresentada durante o Tá na Mesa, da Federasul, desta quarta-feira (23), que discutiu sobre o futuro dos negócios a partir da transformação digital.
De acordo com Paula, a quarta revolução industrial que o mundo vive desde 2016 implica em uma reorganização dos negócios, que passa pela otimização de operações, transformação de produtos e serviços, empoderamento de funcionários e melhora no relacionamento da empresa com seus clientes. “As empresas do futuro não usarão mais a tecnologia, elas serão as próprias empresas de tecnologia”, prevê. Com a aposta na inteligência artificial (capacidade de raciocinar sobre grandes quantidades de dados e convertê-los em inteligência) e no uso da nuvem, a Microsoft Brasil acredita que toda novidade será útil para determinado negócio e analisa que, mesmo hoje, todas as empresas já se encaminham para esta realidade.
Exemplificando essa proposta, a presidente do grupo apresentou o caso da Thyssenkrupp, empresa de mobilidade em elevadores, escadas e esteiras rolantes, que utiliza os Hololens da Microsoft, uma espécie de óculos que permite uma visão completa, em 3D, do produto a ser consertado, para que o técnico possa analisar o problema antes de ir até o local, agilizando o processo e garantindo um correto atendimento por parte da empresa. Outro exemplo é o da Atento, empresa de call center, que tem atendido mais de 10 milhões de chamadas por mês, sendo que todas elas têm identificado, por um algoritmo, como foi o atendimento do cliente a partir da voz dele ao telefone.
Com esses cases, a presidente demonstrou que é possível desenvolver uma tecnologia específica a partir da necessidade de cada cliente, mas lembrou que, para isso, é fundamental que a empresa de inovação esteja disposta a aceitar e trabalhar com o que o contratante escolher. “Nós estamos em fase de testes de vários projetos, além da inteligência artificial e da nuvem, mas entendemos que cada um deles trarão também novos desafios a partir da transformação digital, então leva tempo”, frisou.
Sobre essas dificuldades, Paula citou as questões regulatórias, a transformação da sociedade, a produtividade e a segurança e privacidade como principais questões. “Dos 13 bilhões de dólares que a Microsoft investe por ano em tecnologia, por exemplo, um bilhão é em programas para garantir a segurança dos usuários”, revelou. Segundo a presidente, o trabalho virtual pode envolver nuvem, aplicações, serviços e agentes, devendo tudo estar em um ambiente privado e seguro para os clientes.
Quando se refere a esse público, frisa que a Microsoft trabalha com empresas já consagradas e com startups, tendo até uma aceleradora, para incentivar o trabalho dessas novas gerações. “No futuro, não haverá mais emprego. O empreendedorismo vai ser a única opção e a tecnologia vai facilitar em muito esse processo”, defendeu.
Ao final da apresentação, o vice-presidente da Federasul, César Leite, ressaltou que “a conexão com o novo vai gerar, de forma natural, novas oportunidades e novos aprendizados, basta os empresários aproveitarem tudo isso e estarem sempre conectadas às startups, à inovação e ao mercado”.