Entre essas indústrias temos como exemplo a produtora catarinense, Triton. Com 54 anos de existência, a empresa, que fica no município de Luzerna, região meio-oeste de Santa Catarina, vai exportar, por meio do programa, até o fim de abril, 150 distribuidores de sementes e 400 carretas para cereais para Moçambique.
Já foram enviadas para o país africano 45 distribuidores de sementes e 108 carretas. Até o fim da segunda quinzena de abril serão enviadas mais 292 carretas e 105 distribuidores de sementes.
O diretor do Mais Alimentos Internacional, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Lucas Ramalho, destaca o papel atual do programa.
“Temos uma combinação interessante no programa que é o fortalecimento da agricultura familiar em outros países, o fortalecimento da indústria nacional e o estímulo às indústrias de pequeno e médio porte que começam a acessar esse mercado”, observa.
De acordo com o diretor-proprietário da Triton, Marcio Luis Dalla Lana, o mercado de exportação é uma saída para a grande concorrência nacional. “Anos atrás fizemos trabalhos de exportação, mas menores, não foi muita coisa. Já que o nosso mercado interno tem oscilações, temos que buscar parceiros externos e foi com o Mais Alimentos Internacional que tivemos acesso ao mercado externo”, explica.
A operação, conforme Dalla Lana, trouxe mais ânimo para ele e para os próprios funcionários da empresa, que enfrentava um momento de estagnação. “Essa exportação veio em boa hora. Houve um incremento no faturamento da empresa, uma movimentação de pessoas. Contratamos mais funcionários e queremos que continue assim, para que possamos fazer um bom trabalho junto aos países africanos, nesse caso Moçambique”, afirma.
Na avaliação do empresário, a oportunidade vai além do lucro. “É uma forma de ajudar os países que estão em pleno desenvolvimento para que eles também se sobressaiam”, ressalta.
Programa
O Mais Alimentos Internacional foi criado pelo governo federal em 2010, para financiar a compra de máquinas e equipamentos agrícolas produzidos no Brasil para outros países, em especial os do continente africano e da América Latina e Caribe. Dessa forma, o programa ajuda no combate à fome e no desenvolvimento rural dessas nações.
As condições de crédito são facilitadas. Os países têm até 15 anos para pagar os empréstimos, com três anos de carência e juros de 2% ao ano.
O programa conta com a participação de mais de 500 empresas brasileiras, destas 30 já estão exportando para os países parceiros (Zimbábue, Moçambique, Senegal, Gana, Quênia e Cuba).
Em 2015, o programa ampliará a quantidade de empresas exportadoras e aumentará o número de países participantes, tanto no continente africano quanto na América Latina e Caribe.
Fonte: Portal Brasil