A decisão do governo em acabar com o programa de desoneração em 50 setores para cobrir o rombo de R$ 58,2 bilhões, não foi bem recebida pela Federasul. Em nota, a entidade define a resolução como aumento da carga tributária e diz que “ao invés de cortar gastos, como deveria, o Governo busca na sociedade os recursos para tapar o equivalente a R$ 42,1 bilhões do rombo” e diz temer a manutenção de empregos.
Assinada pela presidente Simone Leite a nota esclarece que os brasileiros, mais uma vez, são chamados para bancar a conta sem qualquer possibilidade de contrapartida ou retorno em qualidade de serviços. “As empresas, os empresários e a sociedade não suportam mais pagar tantos impostos para manter a festança dos poderes da República. O mais preocupante de tudo, diz a nota, é que “a decisão da equipe econômica vai comprometer a retomada da economia que, timidamente, iniciava seu processo de recuperação, com os primeiros e pequenos passos”.
O texto da Federasul lembra ainda que o governo deveria aprender que deve cortar na carne como faz o contribuinte em sua empresa ou em casa. “Adotar uma gestão responsável para encolher os gastos públicos vai deixar a renda nas mãos da sociedade, gerando mais empregos, produtos e até maior arrecadação”, diz Simone Leite.
A decisão de reonerar, prevê a Federasul, vai impactar de forma significativa sobre as empresas atualmente beneficiadas pelo programa. “Nossa previsão é de que vai dificultar ainda mais a manutenção de empregos em momentos como o atual”, encerra a nota.