Classe produtiva precisa ter esperança e segurança para crescer

Simone Leite criticou a falta de segurança para investir – Foto: Itamar Aguiar

Simone Leite criticou a falta de segurança para investir – Foto: Itamar Aguiar

As incertezas do cenário econômico somadas à grave sensação de insegurança resultam na perda de competitividade para o setor produtivo gaúcho. Esta realidade foi enfatizada pela presidente da Federasul, Simone Leite, na abertura do primeiro “Tá na Mesa” de 2017, nesta quarta-feira (15/03), ao governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori. Ela ainda afirmou que a sociedade é parceira na construção de Estado que resulte em desenvolvimento. “Apoiamos as propostas de mudança da estrutura administrativa, mas hoje estamos paralisados e a sociedade está com medo e insegura. Precisamos voltar a ter esperança”, frisou ela ao destacar que as empresas gaúchas precisam de maior atenção, que pode ser traduzida em ações pontuais como a abertura de novas fontes de crédito para os micro e pequenos empreendedores.

Diante de uma plateia com as principais lideranças empresariais e políticas, o governador argumentou que “se a economia brasileira estivesse estabilizada, as mudanças implantadas já teriam equilibrado as contas do Estado”. Sartori fez questão de apresentar um novo Estado, enfatizando as medidas adotadas e todo o trabalho desenvolvido ao longo dos mais de dois anos da sua gestão. Seguindo por este caminho ele explicou como o Rio Grande saiu na frente dentro de uma proposta de modernização. 

Para ele, tanto a renegociação da dívida com a União, como os encontros que tratam do plano de recuperação fiscal são os maiores indicativos do esforço da atual gestão para colocar “o trem de volta nos trilhos”. O governador ainda lembrou do “pacote” de medidas apresentado no final do ano passado à Assembleia Legislativa e não deu previsão para os projetos voltarem à pauta dos parlamentares. “Prefiro não interferir no trabalho do Legislativo”, destacou o governador ao enfatizar que os poderes são autônomos e que a relação deve ser democrática.

Segurança Pública

O governador acredita que para se ter a sensação de segurança é preciso esforço do Estado, mas também da sociedade que deve pressionar os poderes em busca da alteração da legislação penal. Ele ainda elencou a contratação de novos profissionais para área e a manutenção da atualização salarial e dos benefícios como medidas para reverter a insegurança, além da parceria com a Força Nacional. E se comprometeu de até o final do seu mandato, em 2018, ter mais 6 mil vagas no sistema prisional. 

PUBLICADO EM: 15 de março de 2017