Políticos debatem pacote Sartori na Federasul

Líderes e vice-líderes das seis maiores bancadas participaram do Tá na Mesa - Foto: Itamar Aguiar

Líderes e vice-líderes das seis maiores bancadas participaram do Tá na Mesa – Foto: Itamar Aguiar

Uma prévia da votação do pacote de medidas do governo Sartori para enfrentar a crise do Estado pautou o último Tá na Mesa de 2016. Para discutir as propostas de mudança e o posicionamento das bancadas, a Federasul reuniu líderes e vice-líderes do PMDB, PDT, PT, PSDB, PP e PTB. Gilberto Capoani, Eduardo Loureiro, Tarcísio Zimmermann, Zilá Breitenbach, Frederico Antunes e Ronaldo Santini, respectivamente, mostraram seus posicionamentos e anteciparam tendência na votação que vai acontecer na semana que vem.

Nenhuma surpresa foi registrada, embora todos tenham mostrado conscientização sobre os problemas que consideram “graves” do Rio Grande. A presidente da Federasul, Simone Leite, reforçou a posição da entidade, dizendo que o futuro do Rio Grande passa pela aprovação do pacote. “É o desejo da sociedade gaúcha que não está pensando ideologicamente e sim nas necessidades mais urgentes do Estado”.

A deputada Zilá Breitenbach disse que a bancada do PSDB está estudando as propostas e aprofundando as medidas e deve aprovar, se não a totalidade, a maioria dos projetos. “Especialmente os essenciais para o Estado como os que propõem a extinção de Fundações que realizam trabalhos que outras empresas do Estado ou mesmo secretarias já realizam”.  Ela garantiu que o seu partido acredita que mais medidas precisam ser adotadas.

Já o líder do PP, Frederico Antunes, disse que a hora é do “desapego” lembrando que “vamos ter que fazer aquilo que nunca fizemos”. Definiu o pacote como uma “correção” mas ainda insuficiente para mudar o Estado antigo por um moderno. “Outras propostas deverão ser agregadas em breve ”, enfatizou.

O líder do PMDB, Gilberto Capoani, garantiu que é preciso respeitar o desejo dos eleitores que querem um Estado prestador de serviços. Lembrou o tamanho do déficit e disse que sem as medidas não será possível transformar o Rio Grande num Estado que atenda as necessidades dos gaúchos.

Ao comparar o Rio Grande de 2006 com o de 2015, o líder do PT, Tarcísio Zimmermann, mostrou que houve uma redução de servidores (de 173 mil para 155 mil) e que o orçamento passou de R$ 19,5 bilhões para R$ 63,4 bilhões. Ele disse que não se pode destruir coisas que levaram anos para serem construídas ou querer que os deputados votem um projeto desta extensão com apenas 30 dias de análise.

A precariedade dos serviços públicos e o desajuste nas finanças estaduais conduzem a uma reflexão, disse o deputado Eduardo Loureiro, do PDT. As mudanças são necessárias, é verdade, mas precisamos de cautela para analisar as medidas. “Vamos ao debate profundo para poder contribuir com o governo do Estado”.

O deputado Ronaldo Santini, do PTB, encerrou os debates dizendo que seu partido não faz oposição por oposição e lembrou que o “ PTB quer ajudar a construir um Estado que atenda as demandas da população”. Criticou o fato de que “o tempo de análise de medidas está sendo muito pequeno”.

Depois de responderem as perguntas, os deputados tiveram um tempo de quatro minutos para encerrarem seus posicionamentos.

PUBLICADO EM: 14 de dezembro de 2016