![Líderes e vice-líderes das seis maiores bancadas participaram do Tá na Mesa - Foto: Itamar Aguiar](https://www.federasul.com.br/wp-content/uploads/2016/12/Tá-na-Mesa4-608x319.jpg)
Líderes e vice-líderes das seis maiores bancadas participaram do Tá na Mesa – Foto: Itamar Aguiar
Uma prévia da votação do pacote de medidas do governo Sartori para enfrentar a crise do Estado pautou o último Tá na Mesa de 2016. Para discutir as propostas de mudança e o posicionamento das bancadas, a Federasul reuniu líderes e vice-líderes do PMDB, PDT, PT, PSDB, PP e PTB. Gilberto Capoani, Eduardo Loureiro, Tarcísio Zimmermann, Zilá Breitenbach, Frederico Antunes e Ronaldo Santini, respectivamente, mostraram seus posicionamentos e anteciparam tendência na votação que vai acontecer na semana que vem.
Nenhuma surpresa foi registrada, embora todos tenham mostrado conscientização sobre os problemas que consideram “graves” do Rio Grande. A presidente da Federasul, Simone Leite, reforçou a posição da entidade, dizendo que o futuro do Rio Grande passa pela aprovação do pacote. “É o desejo da sociedade gaúcha que não está pensando ideologicamente e sim nas necessidades mais urgentes do Estado”.
A deputada Zilá Breitenbach disse que a bancada do PSDB está estudando as propostas e aprofundando as medidas e deve aprovar, se não a totalidade, a maioria dos projetos. “Especialmente os essenciais para o Estado como os que propõem a extinção de Fundações que realizam trabalhos que outras empresas do Estado ou mesmo secretarias já realizam”. Ela garantiu que o seu partido acredita que mais medidas precisam ser adotadas.
Já o líder do PP, Frederico Antunes, disse que a hora é do “desapego” lembrando que “vamos ter que fazer aquilo que nunca fizemos”. Definiu o pacote como uma “correção” mas ainda insuficiente para mudar o Estado antigo por um moderno. “Outras propostas deverão ser agregadas em breve ”, enfatizou.
O líder do PMDB, Gilberto Capoani, garantiu que é preciso respeitar o desejo dos eleitores que querem um Estado prestador de serviços. Lembrou o tamanho do déficit e disse que sem as medidas não será possível transformar o Rio Grande num Estado que atenda as necessidades dos gaúchos.
Ao comparar o Rio Grande de 2006 com o de 2015, o líder do PT, Tarcísio Zimmermann, mostrou que houve uma redução de servidores (de 173 mil para 155 mil) e que o orçamento passou de R$ 19,5 bilhões para R$ 63,4 bilhões. Ele disse que não se pode destruir coisas que levaram anos para serem construídas ou querer que os deputados votem um projeto desta extensão com apenas 30 dias de análise.
A precariedade dos serviços públicos e o desajuste nas finanças estaduais conduzem a uma reflexão, disse o deputado Eduardo Loureiro, do PDT. As mudanças são necessárias, é verdade, mas precisamos de cautela para analisar as medidas. “Vamos ao debate profundo para poder contribuir com o governo do Estado”.
O deputado Ronaldo Santini, do PTB, encerrou os debates dizendo que seu partido não faz oposição por oposição e lembrou que o “ PTB quer ajudar a construir um Estado que atenda as demandas da população”. Criticou o fato de que “o tempo de análise de medidas está sendo muito pequeno”.
Depois de responderem as perguntas, os deputados tiveram um tempo de quatro minutos para encerrarem seus posicionamentos.